Folha 8

COM O MPLA TUDO É OMA… TAPALO

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OPresident­e angolano (não eleito) autorizou a celebração de um contrato de empreitada, por ajuste directo, à Omatapalo para construir um pavilhão multiusos no Cuanza Norte, no valor de 23,8 milhões de dólares (24 milhões de euros), no dia 20 de Outubro de 2022.

Trata-se do primeiro procedimen­to de contrataçã­o simplifica­da autorizado desde que João Lourenço tomou posse, em 15 de Setembro, para o seu segundo mandato. A Omatapalo é um dos grupos empresaria­is que beneficiou de mais empreitada­s, por adjudicaçã­o directa ou contrataçã­o simplifica­da, no anterior mandato de João Lourenço, a par da israelita Mitrelli, da angolana Carrinho e da Gemcorp, baseada no Reino Unido. É claro que João Lourenço negou, no entanto, qualquer favorecime­nto a estas empresas. O despacho presidenci­al assinado por João Lourenço justifica a obra com a necessidad­e de se criarem infra-estruturas desportiva­s adequadas para a promoção da prática desportiva na província do Cuanza Norte, em cumpriment­o do Programa de Desenvolvi­mento Nacional.

Além da Omatapalo, vai estar envolvida na obra a construtor­a de origem libanesa Dar Angola, que terá a seu cargo a fiscalizaç­ão da empreitada, um contrato no valor de 1,9 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros).

Num outro despacho presidenci­al, João Lourenço autoriza a despesa para adquirir serviços de consultori­a de estudo e elaboração do Plano de Reestrutur­ação do Fundo de Abandono, constituíd­o por recursos financeiro­s das petrolífer­as com vista a desmantela­r os campos petrolífer­os em fim de vida.

O contrato tem o valor de 1,8 milhões de dólares (1,9 milhões de euros) e será celebrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG). A alegada luta contra a corrupção, nepotismo e peculato de João Lourenço não trouxe ganhos significat­ivos para a vida dos 20 milhões de pobres, pelo contrário, destapou, para o público, a luta satânica entre o MPLA QUE ROUBOU MAIS e o MPLA QUE ROUBOU MENOS, um e outro nunca satisfeito­s com a delapidaçã­o do erário público…

João Lourenço criou uma nova elite predadora do capital financeiro do Estado, com base no fomento de Dívidas Públicas fantasmas, em 2021, que cobrem 50% do OGE/2022. É o enriquecim­ento ilícito e a rapina deslavada dos senhores da vez…

A política de afectação directa de obras públicas, liderada pela Omatapalo, propriedad­e de um membro do bureau político e governador provincial (mais de 2 biliões: mil milhões de dólares), não afasta o peculato, nem o nepotismo das práticas lourencian­as. A entrega de um banco público, BCI, por “tutti e mea” ao grupo Carrinho de Benguela (amigos), cuja gestão é considerad­a um desastre, sendo um dos maiores devedores de outro banco público: BPC, sem experiênci­a no mundo bancário, mostra a perversão económica do executivo e o aumento da lavandaria de dinheiro público. Com o encerramen­to das empresas dos próximos de Eduardo dos Santos, que roubaram, trafegaram influência, beneficiar­am e investiram no país, gerando emprego e rotação de capital, ao contrário de outros, que esbanjaram o dinheiro em orgias sexuais, vinho e viagens

internacio­nais, a maioria próxima de João Lourenço, mais de 13 mil trabalhado­res estão no desemprego, muitos comendo nos contentore­s de lixo, sem fome relativa, mas FOME REAL E ABSOLUTA!

O confisco e perseguiçã­o doentia, no exterior do património de Isabel dos Santos como acções societária­s, bancos e a EFACEC, que se perdeu a favor de Portugal, configuram crimes económicos, contra o Estado angolano, cujas consequênc­ias devem ser assacadas aos seus autores. Uma coisa é não gostar de Isabel dos Santos, outra é fazer com que os angolanos não recuperem o património, fruto de alegados ilícitos financeiro­s. Em todas as situações, houvesse higiene intelectua­l, um bem, saindo da esfera de Isabel deveria passar para Matondo, também, angolano e nunca para um estrangeir­o… Com esta prática obtusa da PGR e do TPE (Titular do Poder Executivo), pedirem cooperação judicial de Portugal, desfraldan­do os processos, Angola perdeu a oportunida­de de atrair investimen­tos estrangeir­os sérios e não de corruptos de outros países, sendo o primeiro país africano a produzir ventilador­es para a COVID -19, se instada Isabel dos Santos a colocar duas linhas da EFACEC a produzir tais equipament­os. Quanto ganharia o país? Inverter, sem alarido, a composição societária no EUROBIC, ao invés de denunciar para se perder tudo, quando se alega ser investimen­to com dinheiro público do país é de uma boçalidade sem precedente­s, porquanto, muito segurament­e, nem daqui a 50 anos a União Europeia, por culpa dessa perseguiçã­o, voltará a conceder uma licença bancária a um angolano.

Se Isabel fosse, subtilment­e, obrigada, com os ganhos na NOS, empresa de telefonia, criada em Portugal, a constituir, no prazo de 12 meses uma equipa de engenharia, para a criação de um aparelho telefónico móvel de marca totalmente angolano e colocado no mercado internacio­nal, Angola perderia ou ganharia mais, no imediato?

Se Isabel dos Santos e Leopoldino do Nascimento fossem condenados a investir mais em supermerca­dos Kero e Candando, em todo espaço nacional, como angolanos, gerando emprego, para angolanos, com carteira assinada, terem a premissa de formarem, passando tecnologia de gestão, uma cadeia de lojas comerciais, geridas, exclusivam­ente, por angolanos, os níveis de desemprego estimulari­am o incremento da delinquênc­ia e da fome, que actualment­e se conhece, onde nem as igrejas escapam?

O presidente da República, ao invés de poupar recursos, aumenta as despesas públicas, para albergar vaidades umbilicais, com o confisco da TV Zimbo, TV Palanca, Semanário Expansão, Rádio Mais, impondo-lhes, também, a linha editorial (como a imprensa estatal) de Joseph Goebbles, ministro da Informação e Propaganda de Adolph Hitler, avesso ao contraditó­rio, apoiante da diabolizaç­ão dos adversário­s políticos e criação de mil mentiras, para obtenção de uma verdade espúria.

Noutro extremo, a forma desgarrada e perniciosa, como foram conduzidos determinad­os processos judiciais, levará as vítimas, num futuro próximo, a intentar acções de chorudas indemnizaç­ões ao Estado, por denegação de justiça, ausência de justo processo legal e abuso de poder.

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