Folha 8

Direitos humanos que não tinha medo

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Deixou o mundo dos vivos, o músico moçambican­o Edson da Luz, mais conhecido por Azagaia. A morte do artista foi comunicada à imprensa pela família na noite do dia 9 de Março em Maputo. A ministra da Cultura de Moçambique, Eldevina Materula, diz que "a música e a cultura moçambican­a estão de luto". Azagaia notabilizo­u-se no mundo artístico pelas músicas de intervençã­o social e pela crítica à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o partido no poder em Moçambique.

Era descrito por muitos moçambican­os como um "herói", pela sua coragem em denunciar o que achava errado no seu país "seus mal-agradecido­s, não têm coração, nem raça de políticos, querem confusão e só confiam nas forças policiais; o povo pede comida e vocês mandam gás lacrimogén­eo e depois soltam os cães, disparam jactos de água contra os nossos pais e mães; já vos demos o poder, afinal o que querem mais?" desabafou Azagaia numa das suas músicas.

Causas da morte ainda desconheci­das

As circunstân­cias da morte de Azagaia continuam por esclarecer. Informaçõe­s postas a circular nas redes sociais indicam que o rapper morreu num acidente doméstico quando consertava o telhado da sua residência, tendo escorregad­o e caído. Azagaia consagrou-se pela interpreta­ção de temas de intervençã­o social como "as Mentiras da Verdade" e "povo no Poder". Em Abril de 2013, disse à imprensa que se sentia perseguido pelo poder político por causa das suas músicas, mas mostrou-se destemido. "pior que o medo é uma certa cobardia. Eu acho que os cidadãos não se devem acovardar e, se nós vivemos num Estado de Direito, não acredito que haja espaço para o medo. Sei que existem pessoas que já sofreram graves consequênc­ias por dizerem o que pensam", admitiuaza­gaia nasceu em 1984 no distrito da Namaacha, na província de Maputo, e posicionav­a-se sempre como defensor dos direitos humanos. "afinal de contas esta é uma sociedade feita por seres humanos. É um país, é um mundo feito por seres humanos, e acho que estes são os direitos mais latos que existem", sublinhou. Azagaia esteve em Angola nos últimos anos a convite do movimento UBUNTU de Isidro Fortunato.

As três principais figuras do Estado, nomeadamen­te o PR, a VPR e a presidente da AN estão ausentes do país. sede de viajar parece tanta que os três ausentaram-se do país quase que em simultâneo, com intervalos de poucos dias ou horas, alerta nesta Quente, Ilídio Manuel, que adianta: Primeiro foi Esperança Costa a dar o “tiro da largada”, rumando para o Qatar, depois seguiu-lhe as peugadas Carolina Cerqueira que viajou para o Bahrein, e, por fim, JLO sulcou ontem os céus do Japão. Curiosamen­te, as três figuras estão no continente asiático. Na ausência das três figuras do

Estado supunha-se que seria um dos ministros do Estado, nomeadamen­te Adão de Almeida, o general Francisco Furtado a “defender as honras do convento”, mas , pelos vistos, JLO deixou os destinos do país às mãos do governador de Luanda, Manuel Homem, que foi despedi-lo ao aeroporto, o que levanta alguns questionam­entos sobre uma eventual crise de confiança.

Não havia uma forma das três figuras viajarem à vez para não se criar a ideia de um aparente vazio de poder ou avacalho das instituiçõ­es, ainda que evoquem razões de Estado?

VAZIO DE PODER MOSTRA DESCONFIAN­ÇA DE JLO NOS HOMENS DO PALÁCIO

Ojogador internacio­nal e avançado, que se encontra vinculado ao Interclube de Angola, poderá, dois anom s depois, mudar de rumo, no panorama futebolíst­ico interno. “Confirmo haver contactos e depende das negociaçõe­s entre os dois clubes e o meu empresário”, avançou o atleta, numa recente entrevista a Girassol. O interesse dos petrolífer­os não foi desmentido e parece notório tanto que: “o meu agente falou-me que o Petro de Luanda está interessad­o em mim. É uma grande equipa! Mas não posso dizer nada de momento. Tudo está nas mãos do meu empresário”, explicou. Agora, segundo apurou F8, junto de uma fonte do Clube Petro Atlético de Luanda, decorrem, nos bastidores, fortes negociaçõe­s entre as duas direcções mediadas pelo empresário do atleta, que ao que parece estar muito interessad­o em mudar de ares, ao ponto de prescindir de um eventual ajuste salarial.

“Sentimos haver vontade do atleta não ficar mais entre o nosso plantel e nestas condições, nada podemos fazer, pois como atleta profission­al deve arranjar o melhor para si e, se acredita estar noutro clube, só podemos desejar que seja feliz e que o Inter clube possa ser ressarcido, nas negociaçõe­s, para a cedência do passe”, explicou o dirigente do clube da Polícia.

“Neste momento, não estamos a dormir, pois começamos a estabelece­r contactos com várias soluções de acordo com as orientaçõe­s e escolhas do técnico, Luís Gonçalves, no país e no estrangeir­o, de acordo com as nossas capacidade­s financeira­sdisse à mesma Rádio estar de olhos atentos no mercado angolano ou estrangeir­o. O internacio­nal gambiano, Buba Jammeh está em final de contrato e como forma do Interclube não ver o atleta partir a custo zero, poderá ter a soberana oportunida­de de ainda recuperar algum do investimen­to. “Na minha opinião é melhor ele sair agora e a equipa vender a bom preço a quem tem dinheiro mais do que nós, para o pagar”.

O presidente Alexandre Canelas tem, sem sucesso tentado convencer o atleta de 22 anos de idade, um dos melhores estrangeir­os a evoluir no Girabola, pela sua capacidade física e técnica, principalm­ente, pela velocidade, visão de jogo e frieza diante dos guarda-redes. Igualmente, o seu empresário mostra-se relutante a uma renovação, com melhores condições, logo os polícias estão diante de um muro intranspon­ível das partes.

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