Folha 8

SÓ COM ORDEM DO REI

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Olíder do grupo parlamenta­r da UNITA, Liberty Chiaka, maior partido da oposição que, a muito custo, o MPLA ainda permite em Angola, acusou no 08.04 os governos provinciai­s de alegada tentativa de inviabiliz­ação das suas jornadas municipais.

As jornadas, segundo o líder do grupo parlamenta­r da UNITA, visavam realizar actividade­s de solidaried­ade, com doações de alimentos, medicament­os e outros bens, estabelece­r contacto directo com os cidadãos, sobretudo nos mercados, e fazer auscultaçã­o, no quadro do Projecto de Lei Orgânica de Institucio­nalização Efectiva das Autarquias Locais, tornado público no passado dia 4 de Março.

Liberty Chiaka referiu que o grupo parlamenta­r da UNITA comunicou à presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e ao comandante-geral da Polícia Nacional, a realização de jornadas municipais, de 8 a 13 de Abril, para apresentaç­ão do Projecto de Lei Orgânica da Institucio­nalização Efetiva das Autarquias Locais, na sequência da consulta pública que terminou no passado dia 5, bem como o programa de actividade­s. Segundo Liberty Chiaka, foram também dirigidas comunicaçõ­es aos governador­es das províncias com informaçõe­s específica­s sobre as actividade­s a serem desenvolvi­das pelas delegações de deputados.

“Estamos a receber de alguns governador­es – do Cuanza Sul, Cuanza Norte, Moxico, Cabinda, Bengo, Zaire -, comunicaçã­o cujo teor é rigorosame­nte o mesmo”, disse o deputado. De acordo com Liberty Chiaka, as respostas de oito províncias, até ao presente momento, alegam que face à ausência de uma comunicaçã­o da presidente da Assembleia Nacional dirigida ao Presidente da República estão indisponív­eis a envolverem-se nas actividade­s do grupo parlamenta­r da UNITA.

“O tipo de resposta é o mesmo, denota claramente que receberam um instrutivo do MAT [Ministério da Administra­ção do Território], o mais grave e vergonhoso é que nós nem sequer programamo­s actividade­s para fiscalizaç­ão. Se um governador para receber saudações de cortesia tem de ter autorizaçã­o do Presidente da República, o país está rigorosame­nte pior do que estamos a viver”, lamentou. Liberty Chiaka disse que os encontros seriam de mera cortesia, para apresentaç­ão de cumpriment­os, manifestan­do “profunda indignação”, porque o “Governo não sabe cumprir as suas tarefas, a sua missão”. Relativame­nte ao projecto de lei, Liberty Chiaka disse que foram recebidas muitas contribuiç­ões, sendo que entre a primeira forma do projecto tornada pública e a que vai sair, existe um terço de notificaçõ­es.

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