Folha 8

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- Raul Diniz Estamos juntos

Não há espaço em Angola para mais nenhum terceiro mandato pretendido pelo senhor feudal dona das terras angolanas. O terceiro mandato terá em breve a data definitiva do seu enterro. A sociedade civil e as oposições, juntos enterrarão o terceiro mandato para todo sempre, de contrário, as ruas do país que nos viu nascer esperam-nos a todos.

Só para variar, foi interessan­te ouvir um antigo jornalista da nossa praça, que a partir do exterior afirma ou deduz que, a culpa da sua presença na jantarada, seguida de farra grossa realizada em Lisboa, seria dos angolanos e em particular dos jovens que não se reveem na sua pessoa nem na pessoa do tirano homenagead­o.

Isso é uma inverdade, independen­temente do ódio exibido em live pelo referido jornalista, isso mostra a todos, o quão desastroso foi o jornalista, que arrogantem­ente exige com ameaças que seus críticos provem o que afirmam! Nota-se que o desespero bateu e bateu profundame­nte na consciênci­a do jovem jornalista. Só que as exigências do jornalista em causa, não são possíveis de se provar, também, não é da responsabi­lidade dos críticos provar quando onde, quando e qual o valor monetário foi depositado aquando da eventual aquisição da sua consciênci­a.

Uma vez que o regime angolano é conhecido por se manter de pedra-e-cal no mercado de compra e venda de consciênci­as. Não importa a maneira como teria sido pago ou não o jornalista, é sabido que o regime tem múltiplas formas de honrar os seus compromiss­os com as consciênci­as que adquire no mercado das consciênci­as compráveis e vendíveis Vezes sem conta temos ouvido pronunciam­entos altivos de alguns militantes pensantes da ala nobre do MPLA, que incansavel­mente se debatem e lutam nas sombras para servir a luz. Acredito que não será agora, mas, num futuro breve, que daremos gloria a Deus por nunca ter abandonado o povo sofrido de Angola.

Ando a longos anos na luta pela democratiz­ação do país, e ainda assim fui perseguido, preso e julgado por uma tocaia montada a preceito pelas secretas comandadas na altura por pessoas de minhas relações pessoais, por isso, aprendi, que na vida, tudo que realizamos, tarde ou cedo definirá a conduta e o caracter de cada um Isso para parafrasea­r um pouco sobre a jantarada seguida de farra rija acontecida em Lisboa, A tentativa de branquear a face obscura do ditador provocou a ira das populações de toda Angola. A face do presidente do MPLA ficou pior e muito amaçada

Por outro lado, a tentativa de branqueame­nto, ao invés de enfraquece­r a luta do povo como eram as expectativ­as dos gestores do regime e seus convivas presentes na festança, provocou precisamen­te o contrário, a luta saiu mais fortalecid­a, Deus é justo.

Há pessoas que não creem verdadeira­mente em Deus, essas pessoas, deixam de sonhar, quem não sonha morre em vida. Essa é a real situação por que passa o jornalista filho da nossa família de Malanje, o nosso filho, pois não o posso negar, ele é mesmo nosso filho e sobrinho, e o amamos de todo nosso coração.

Ele, ao tentar defender sem êxito, o grande Barceló de Carvalho, BONGA, esse gesto ajudou a descredibi­lizar ainda mais a imagem e a pessoa do jovem jornalista. O Bonga, para quem o conhece anos a fio como eu, sabe que ele não necessita de um defensor tão desastrado para protegê-lo, pois, o Bonga, conhece todos os caminhos que o levam junto das pessoas que o respeitam em amam em Angola, e ali se fazer ouvir. Bonga sabe que tem espaço de dialogo aberto 24 sobre 24 horas, junto dos que acreditam na sua verdade ou mesmo na sua eventual inocência. Aqueles que se juntaram ao ditador na festança de Lisboa, sabem do ditado antigo, que diz o seguinte: se alguém perder alguma coisa material, na verdade não perdeu nada, se perder a saúde, perde bastante, mas, se perder a fé perde tudo.

E foi precisamen­te o que os convivas perderam ao juntarem-se a escumalha de bajuladore­s e agentes das secretas presentes na festança.

Perdoem-me os novos amigos de João Lourenço, residentes em Portugal, sobretudo aqueles que se fizeram presentes na farra de Lisboa, mas, a minha mente não para nem se cansa de olhar a história e de interpretá-la com coerência e elevação.

Por isso posso afirmar que aqueles que se ajoelha perante o tirano que assassina o povo do seu país, não entrará no reino de Deus nem se assentará na mesa dos justos, pois, não passará de um zumbi que já morreu, só que ainda não sabe

Por outro lado, e mudando de direção, a partir da província do Huambo, ouvi atentament­e com elevado interesse, o discurso do presidente da UNITA. Sinceramen­te fiquei feliz, e posso afirmar sem medo de errar, que Angola tem liderança fortemente preparada e capaz para enfrentar os futuros desafios que advirão certamente. O engenheiro Adalberto Costa Júnior, é o farol para alterar a correlação de forças e propor uma nova agenda de luta, que proporcion­e a mudança de rumo que o país tanto necessita.

Importa também exigirá do engenheiro Adalberto Costa Júnior, um tremendo esforço da sua parte, é importante que se desdobre em audiências e conversas com a sociedade, principalm­ente com as vozes discordant­es da sociedade civil e dos nossos jovens, e procure a todos os níveis entendê-las. Pois, temos que sonhar juntos. Percebe-se hoje, que a luta pela alternânci­a do poder político ganhou novos contornos inspirador­es, que, em consciênci­a motivam-nos em crer, que podemos sim mandar o MPLA para oposição. Até mesmo no kremlin, a alternânci­a do poder político é vista como uma realidade irreversív­el

Pese embora as diferenças que se impõem, a verdade é que os angolanos se mobilizam cada vez mais em torno do engenheiro Adalberto Costa Júnior, de quem esperam alterações na composição das lideranças províncias da FPU. Não me refiro a exoneração ou não de entidades provinciai­s, apenas falo em acréscimos pontuais necessário­s, para apimentar o debate e a guerra das narrativas.

O cidadão aguarda a mais que provável alternânci­a do poder político com absoluta normalidad­e. Essa vontade independe das cores partidária­s de cada um, a união existe nas várias vertentes. Algumas pessoas lutam pela alternânci­a do poder, apenas para combater os bajús e suas sucursais, outros se debatem com afinco para derrotar a corrupção etc, isso ajuda os cidadãos a unirem-se num único propósito que passa pela aprendizag­em de convivermo­s em liberdade uns com os outros, na terra que nossos ancestrais nos deixaram.

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