As nossas desculpas, João Tala
Vejo-me obrigado a penitenciar-me perante os autores, em nome do jornal Cultura, pelo equívoco cometido ao ligar o nome do ilustre escritor João Tala ao apresentador da obra. A trabalhar em França desde Janeiro de 2008, foi no meu regresso em missão de serviço a Luanda que alguém ligado ao mundo das Letras me fez crer ter sido o próprio João Tala (JT) a apresentar a obra. O tempo passado desde a nossa conversa no restaurante Veneza deixou nas faldas do olvido certos a luentes do diálogo. Mas, se ‘errare humanum est’, prometemos jamais persistir no erro. Este esclarecimento de JT, salvo uma pequenina frase que destacamos a vermelho, dada a sua linguagem a descambar para o mesquinho (e que queríamos arredada das páginas deste jornal), faz de nós, redactores e colaboradores permanentes do Jornal Cultura, mulheres e homens felizes à face desta Terra onde conviver tem sido uma das mais árduas empreitadas sociais. Felizes porque o jornal Cultura está a cumprir com o seu mandato de corresponder às motivações de um público interessado na problemática cultural.
Quanto a JT utilizar a expressão “cheia de equívocos” não nos parece estarem eles presentes no nosso artigo intitulado Vanguarda e Autenticidade. O facto de termos utilizado a expressão “ir ter com” é isso mesmo: “ir ao encontro de outra pessoa”, não importando se houve combina para esse encontro ou não. Não há nenhuma beliscadura da personalidade de JT com esta a irmação. De igual modo a palavra “convivência” no nosso artigo não sugere outra coisa senão o acto de coexistir (num mesmo local) de maneira harmoniosa. Quando nos encontramos na União dos Escritores Angolanos, nas tertúlias literárias, estamos ou não a conviver? Não foi aí que o autor diz terse encontrado com a DK?
Na esperança de que JT nos desculpe pelo equívoco principal acima mencionado, e prestados os devidos esclarecimentos quanto aos pretensos outros equívocos, apresentamos, no artigo que segue, o nosso modesto pensamento sobre a questão fundamental da réplica de JT à nossa matéria publicada na edição número 46 que é a questão da relação incindível entre a pessoa do autor e a obra, no processo da análise literária.