MUTAMBI

wa mukidifwa kyazele, kwila osambu ye yakexi kuxipa boxi, anga yadisanzumwine mukunyunga kimoxi muyimanenu ye, tunde mukididi kyenyoko. –10.- Okusamba kwamulenge mwenyo, ni kunyunga kwe, kwakexi kukimona kwala athu akexi kwenyoko kuma musonyi tunde mukalunga, yanzumbi yamuthu wazubu kufwa!

NUM ÓBITO

1.- A noite, ao sabor dum acalorado batuque de sexta-feira, dormia. 2.- O inal de cada cântico era saudado por um ritual de jogar ao solo o que se estivesse a beber. 3.O lume, avivado pelo vai-vem dum velho e cansado abano, sofria os açoites da lenha, introduzida à força, com o propósito de esticar o couro do tambor, avivando o som que, amiúde, se apagava! 4.- Em grupos de três, os dançarinos assaltavam a roda, e, em rodopios e saltos ancestrais, sacudiam, freneticamente, os corpos suados, enquanto um grito de lamento; de choro, lembrava o defunto recebido no Além. 5.- A candeia acesa, petromax, na haste duma árvore do quintal, não só iluminava a noite e o rosto dos homens no jogo das cartas, mas também, a tristeza estampada na cara e na alma dos parentes mais próximos do defunto. 6.-E havia, no chão, os fogareiros de três pedras, feitos num abrir e fechar de olhos, que faziam fumegar, não só o exterior da panela, mas também a canjica prestes a servir. 7.- Meneando a cabeça ao som do tambor, num misto de pesar e de alegria que se uniam em algo di ícil de julgar, o ancião Kitumba ajeitava o tabaco para o enrolar e o meter à boca o que, segundo as suas próprias convicções, o ajudaria a re lectir se a morte era alegria ou tristeza. 8.- Concluía, de imediato, que a morte, tão dolorosa que era, devia ser permanentemente vencida ao som dum tambor empenhado em sacudir o corpo na dança, afugentando, assim, essa funesta ideia! 9.- O ancião, atento ao que os rodeava, levantou a mão para pedir silêncio quando o vento em rodopio veloz se abeirou do lugar, conformando a poeira do quintal e dos arredores numa visível imagem cujo ponto beijava o solo, e se alargava no mesmo rodopio na vertical a partir do mesmo Solo. 10.- O espectáculo desse vento em rodopio, era visto pelos presentes como a visita, a partir do Além, da alma defunta!