O auge do cinema
principais. Serge Noukoué, um dos organizadores, explica a pertinência de um festival assim na capital francesa: «É importante que os ilmes estejam acessíveis neste lugar central tão importante para o cinema que é Paris. Se hoje somos os únicos a levar os ilmes nigerianos ao público parisiense, esperamos que esta situação venha a evoluir e que os ilmes que exibimos aqui estejam em breve mais amplamente acessíveis neste país e no espaço da francofonia. Esse é um dos objectivos principais deste festival de cinema nigeriano.» 5 ANOS ! Feliz aniversário ! No verão de 2014 vamos soprar as cinco velas do Black Movie Summer (27 Junho/27 Julho): Black to the future. Cineastas negros apresentam as suas curtas e longas-metragens, da icção ao documentário. A maioria desses ilmes são primeiras obras, ricas em termos de imaginação visual e narrativa, de jovens realizadores provenientes da diáspora africana. Como prova da seriedade desse festival, a Câmara de Paris vai atribuir o prémio «Lumière» ao mais talentoso laureado, pelas mãos do inesquecível actor Eriq Ebouaney.
Paralelamente a esses acontecimentos, registamos a saída de dois ilmes, o Five/Thirteen de Kader Ayd com os actores Gary Dourdan e Jimmy Jean-Louis e a primeira difusão europeia do documentário Time is illmatic do realizador Erik Parker, em homenagem ao vigésimo aniversário do álbum Illmatic do rapper Nas. A quinzena do Hip Hop (22 Junho-6 Julho), vai apresentar dois ilmes : Mauvaises Herbes de Catherine Weilant e Graf iti Dixit Art, documentário de Cécile Gamard. Do cinema ao Hip Hop vai apenas um passo.
Em resumo, todas essas iniciativas são animadoras e abrem novas perspectivas para os realizadores, argumentistas, escritores, actores e outros profissionais africanos e da diáspora, por muito tempo desprezados por esta indústria. É essencial tomar o controlo das nossas histórias, das nossas culturas, das nossas imagens e reapropriamo-nos da narração dos destinos pan- africanos. África é o futuro. Veludo vermelho. Pipocas. Luzes Negras.