Sombras do Passadode
A má sina da Mulher Angolana
Escrito no Dundo, eqeoufdedv ttmascsroi bsgnptpcmSoncteppcdccOdlÓdiroaeiiorxaosarraaoaaaatiendeocfpmnClm, Hmnnrfirttar lioMãotdilároreiaazbaadac uomcuoctae odeRoan, 1ec onéaie beç9i rfatndqt 7orsoserfdK erme7 aP, Ntanergooov- váooiaa iqendhp saáoeu rrrc oairai, totea adros maoo iec, pa aaoe sroon ols4tdlldtspseptoacslosiianti oaoaovcvmapratt empi çgls sla oidi Cnm se eieinil ssçícc1
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, dpn e Passemos então, a dissecação das cinco categorias que enformam a narrativa, a saber: Acção, Espaço, Tempo, Narrador e Personagens. sTtnpceaaeo eaOacs nQdonnl ag fletduabuolesieasenntnorisfnmzttotecroioarsx ooA, tàtunlaanoeamfasssgrleci t mdçmOoo lãloa s, atgo sri andnornteetlnssorenossdferntnesrcireoocrçeuoslfoai-smnsomsnrmeufdç lia izaoopnatOasssomcd ioi ecéonobpF, o duréoeLleóemmlsIias----een oect
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d ., aaa itode ate Ct dN gicos, em que os personagens lutam va à luz uma menina. Quanto ao nome, consigo próprios, em busca de solu- a mãe impôs a sua vontade: Maria. Em ções. Trata-se de um conflito social e relação ao apelido, aí o povo foi sobe- político, mas também se nos depara rano: Ka Ndimba, ou seja, a esperta, já um conflito elemental ( luta contra que – dizia-se – com o seu nascimento, os elementos da natureza), e ainda tanto ela como a mãe tinham conse- se assiste a um conflito transcen- guido escapar das intempéries daque- dental (porque o principal oponente la chuva torrencial.” de Maria Ka Ndimba, o personagem O autor introduz logo na primeira principal, é o próprio destino, como parte uma intriga, composta de inci- veremos). Há, ao longo de todo o ro- dentes que vão formatar a acção ao mance, um permanente conflito longo de toda a narrativa. O primeiro ideológico e um conflito moral ( pois incidente é o assédio por parte do Co- que, devido à beleza de Maria, ela é lono Olivares, reguenguês de Monsa- confrontada com o assédio perma- raz, que, como os demais, tinha sido nente de vários homens). apanhado e enviado a Angola, para
Como é que se lê a sucessão e o en- contribuir para a expansão do «po- cadeamento dos acontecimentos, em voamento português». torno do personagem principal? A Maria Ka Ndimba era lavadeira de narrativa persegue uma sequência li- Olivares. Um dia, este tenta forçá-la a near dos vários acontecimentos, que fazer sexo, a lavadeira desfecha-lhe simplificam a diegese, ou história. um golpe de garrafa no crânio que o
O seu ponto de partida é o próprio deixa estatelado na sala. Ela foge, mas nascimento de Maria Ka Ndimba, em é apanhada pela PIDE e conotada co- 1941, num navio a vapor que circula- mo terrorista. A partir deste incidente va no rio Kwanza e num dia de intensa se desenrola toda a curta vida deste trovoada, atracou no embarcadouro mulher, que o próprio colonialismo da vila do Dondo. Como podemos ler: força a entrar para a clandestinidade.
“Naquela manhã quando o barco, Como o narrador insiste em referir, vindo do Bom Jesus, atracou no porto “A sua má sina, porém, perseguia-lhe fluvial do Dondo, poucas eram as incessantemente. Tudo que arquitec- pessoas que se encontravam à beira tasse, desfazia-se logo em fumo, por do rio, à espera dos familiares. Cho- vezes mesmo depois de uma arranca- via torrencialmente e, embora os da promissora. poucos relógios de kafucolo marcas- Em toda a sua vida só o sofrimento e sem as dez da manhã, a atmosfera, a perseguição se apresentavam em contudo, pintava o ambiente de um seu caminho. colorido crepuscular. Ka Ndimba era filha da desgraça e
Pé ante pé, os passageiros – na sua por onde passasse acabava sempre maioria kitandeiras que percorriam por deixar réstias de apuros.” as Margens a procura de negócios: ba- Estas considerações do narrador, gres, nbinji ia tanda , cacussos, abóbo- explicam o conflito transcendental ras…. - iam chegando às casas, açoita- que Maria enfrentou na vida. Uma luta dos pela chuva e pela ventania. D. Ka- tenaz contra o próprio destino. basa, porém, mal o vapor atracara, da-