DESEMPENHO DOCENTE
Só a escola inscreve, no caminhar sempre diante da condição humana, o retorno, o regresso ao legado cultural do passado e, assim, dá continuidade ao elo da criação.
OLGA POMBO
implorando misericordiosamente a benesse da aprovação, sem terem feito por isso durante o ano lectivo!
Este tipo de procedimento têm-no, também, alguns alunos bolseiros que, perante a iminência da reprovação, abordam o docente, rogando a imperativa aprovação, alegando, em sua defesa, nada mais do que a ameaça da perda do bene ício inanceiro que usufruem; ao que o formador responde: «Se és bolseiro, tinhas o dever de ter trabalhado seriamente, para justi icares a con iança que foi depositada em ti!»
Neste âmbito, além dos docentes e encarregados de educação, em particular, e da sociedade em geral, as Associações de Estudantes podem desempenhar uma acção relevante. Com efeito, sendo a função destas a prossecução das melhores condições para o estudo, esgrimindo para que a comunidade estudantil disponha decondições materiais e imateriais que a coadjuve no seu percurso académico, como infraestruturasadequadas e a organização de convívios, as agremiações estudantis devem debater a atitude letárgicada tamanha quantidade de alunos desinteressados.
Seria interessanteas Associações apresentarem em plenário, por exemplo, as reais e subjacentes causas para a inércia dos estudantes desmotivados:
- Por razões subjectivas, não se conseguindo inserir no ambiente da escola que escolheram?
- Sendo o curso superior, pro issional, ou de outra índole, a antecâmara da pro issão que irão exercer, será que o currículo académico que os alunos têm de perfazer não corresponde às suas expectativas iniciais? - Por falta de acompanhamento familiar? A im de despistar eventuais inaptidões ou desmotivações,é fundamental que o jovem candidato ao ensino pro issionalizante, escolha o estabelecimento de ensino e o curso, tendo auscultado, previamente, a sua vocação pro issional, e não unicamente encantado pela futura fruição da condição inanceira que o diploma lhe conferirá! Autodidactismo Os alunos desencantados pela exigência do ensino pro issionalizante devem pôr em prática as seguintes duas medidas, perfeitamente ao seu alcance: assiduidade às aulas e autodidactismo, isto é, aprender pelo simples prazer de saber mais.Se esta segunda medida pedagógica deve ser interiorizada por todos os formandos, independentemente da idade e do contexto escolar em que esti- verem inseridos, impõe-se como de extrema importância para os estudantes com di iculdades de aprendizagem!
Neste capítulo, apresenta-se como de iminente importância a realização, pelos meios académicos, de Feiras de Pro issões. Com efeito, esses certames, através de expositores e funcionários quali icados, cativam os discentes, sendo-lhes explicadas as saídas pro issionais que osaguardam, sensibilizandoos para a imprescindibilidade de umaconduta académica esclarecida e responsável!
Por outro lado, para que uma comunidade educativa funcione em pleno, é imprescindível a cultura de um sublime relacionamento entre os docentes e discentes, pois, além do mais, estes passam a maior parte do seu tempo intramuros escolares.
Efectivamente, os professores e os alunos não permanecem juntos apenas em situação de aula; pelo contrário, encontramse sobejas vezes nos espaços comuns da escola. Sendo esta uma realidade socializante na qual ambas as partes estão inseridas, a igura-se imperiosa uma relação pro ícua, que possa deixar impressões positivas quer nuns quer noutros!
Neste contexto, quandoum professor pauta a sua carreira académica por uma relação de cordialidade e companheirismo para com os alunos, permanece na mente dos mesmos, tempos depois de terem concluído os seus estudos.É esta particular natureza da educação quefaz do formador um ser imortal! Competência pedagógica Mas, para se chegar a este estado “olímpico”, há, como em tudo na vida, um investimento a concretizar. No caso dos docentes, o investimento é a prossecução de competência pedagógica!
É de salientar que há professores que, leccionando conteúdos programáticos condizentes com o seu pelouro técnico-pro issional, revelam um perfeito domínio da matéria a ministrar. Todavia, descuidam o cultivo de um relacionamento recomendavelmente humano com os formandos.
Uma das razões conjecturáveis para este tipo de procedimento é a de o professor encarar o aluno unicamente como potencial técnico, descuidando, deste modo, a componente globalizante da educação que é a de elevar o aluno da sua consciência individual para a colectiva e desta para a consciencialização do cosmos. E isto só se torna possível pela promoção de uma comunicação luída entre ensinante e aprendente.
Neste âmbito, a acção dialogante do for-