Cidades e Vilas!
«Quem não pode Lembrar o passado não pode Sonhar o futuro e, portanto, Não pode julgar o presente» (Walter Benjamin) mais popularizado como promessa técnica aos diversos e distintos problemas que afectam a rede urbana angolana.
E porque não praticarmos a recuperação do Património das Cidades e Vilas?
Partindo-se, do princípio de que o aproveitamento para possíveis novas utilidades de edi icações antigas cuja função caducou, hoje é uma constante em várias partes do Mundo. E mesmo cá, entre nós, já podemos ter alguns poucos exemplos.
Trata- se, em nosso ver, de uma integração à vida contemporânea do património, longe dos objectivos especí icos que estiveram à volta da sua construção, na sua época. Aliás, sob este ponto de vista, é aceitável, pelos menos em princípio, que cada época realiza e experimenta novas práticas e tendências, segundo o que lhe parece melhor ou conveniente.
Mas, a recuperação e a preservação do Património Arquitectónico e Histórico são assuntos hoje, também muito falados, muito na ordem do dia noutras paragens e, portanto, à volta dos quais se tece, também al- guma demagogia…
A recuperação, renovação, ou se quisermos, requali icação dos centros históricos devia ser encarada pelas nossas autoridades, como um projecto de futuro, sobretudo no campo do turismo e, concorrer, de facto, para a diversi icação da economia angolana.
Demarcar todos os espaços ou consentir programas ou iniciativas de carácter mais efémero e adventício, como «Shopping Centers» ou «Centros Comerciais» é uma opção em que o equívoco se tem veri icado, por se pensar que estes equipamentos, por si só, são su icientes para atrair, ao nosso país, turistas ou visitantes!...
A recuperação das várias edi icações de valor histórico e arquitectónico rea irmaria o signi icado real de algumas das nossas cidades ou vilas (Luanda, Dondo, Katumbela, Namibe, Benguela, Ambriz, Masangano, Kambambe, Mbanza Kongo, etc, nos podem servir de exemplos) e de acentuar a sua vocação de centros urbanos já com uma certa anti-