Jornal Cultura

CONFRONTO SALUTAR DE IDEIAS NA 3ª CONFERÊNCI­A DO LEV’ARTE SOBRE LITERATURA ANGOLANA

- JOSÉ LUÍS MENDONÇA

A 3ª Conferênci­a Sobre Literatura Angolana, que, no dia 5 de Setembro, reuniu no Centro de Formação de Jornalista­s (CEFOJOR), escritores e estudiosos da literatura angolana pela mão do Movimento Lev’Arte esteve à altura de protagoniz­ar o lema proposto Mais Literatura, Mais Cresciment­o Intelectua­l.

Foram apresentad­as sete comunicaçõ­es integradas em três painéis, a saber: PERCURSO LITERÁRIO ANGOLANO; LITERATURA E SEUS PASSOS: MOVIMENTOS LITERÁRIOS; LITERATURA VIVA.

Os temas abordados mereceram acesa discussão e confronto de ideias, onde se destacou o professor Manuel Muanza, do Instituto Superior de Ciências da Educação, com o seu tom conciliado­r. A propósito de uma tirada do jovem Hamilton Artes, de que estava a assistir-se ali a um con lito de gerações, Muanza a irmou, que “em Ciência não há con lito de gerações, há é discussão válida de ideias e conceitos”.

O evento também foi uma oportunida­de para esclarecer uma posição defendida pelo inado escritor Wanhenga Xitu quando a irmou que se deve “deixar os jovens criar à vontade.” A interpreta­ção ali proposta tem a ver com a dicotomia entre criação e edição. Uma coisa é criar, outra é publicar. Ali foi a irmado que o jovem deve criar à vontade, sim, mas só deve publicar quando a sua criação traga algum contributo válido em termos estéticos e temáticos para a Literatura Angolana e universal.

A conferênci­a foi muito proveitosa e oportuna, na medida em que colocou frente-a-frente diversas gerações de intelectua­is e serviu para os jovens fazerem declaraçõe­s ousadas que muitos de nós calamos.

No entanto, para que hou vesse uma discussão mais profunda, o colóquio devia abranger dois ou três dias e deveria incluir a voz dos escritores do interior do país.

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