CONFRONTO SALUTAR DE IDEIAS NA 3ª CONFERÊNCIA DO LEV’ARTE SOBRE LITERATURA ANGOLANA
A 3ª Conferência Sobre Literatura Angolana, que, no dia 5 de Setembro, reuniu no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), escritores e estudiosos da literatura angolana pela mão do Movimento Lev’Arte esteve à altura de protagonizar o lema proposto Mais Literatura, Mais Crescimento Intelectual.
Foram apresentadas sete comunicações integradas em três painéis, a saber: PERCURSO LITERÁRIO ANGOLANO; LITERATURA E SEUS PASSOS: MOVIMENTOS LITERÁRIOS; LITERATURA VIVA.
Os temas abordados mereceram acesa discussão e confronto de ideias, onde se destacou o professor Manuel Muanza, do Instituto Superior de Ciências da Educação, com o seu tom conciliador. A propósito de uma tirada do jovem Hamilton Artes, de que estava a assistir-se ali a um con lito de gerações, Muanza a irmou, que “em Ciência não há con lito de gerações, há é discussão válida de ideias e conceitos”.
O evento também foi uma oportunidade para esclarecer uma posição defendida pelo inado escritor Wanhenga Xitu quando a irmou que se deve “deixar os jovens criar à vontade.” A interpretação ali proposta tem a ver com a dicotomia entre criação e edição. Uma coisa é criar, outra é publicar. Ali foi a irmado que o jovem deve criar à vontade, sim, mas só deve publicar quando a sua criação traga algum contributo válido em termos estéticos e temáticos para a Literatura Angolana e universal.
A conferência foi muito proveitosa e oportuna, na medida em que colocou frente-a-frente diversas gerações de intelectuais e serviu para os jovens fazerem declarações ousadas que muitos de nós calamos.
No entanto, para que hou vesse uma discussão mais profunda, o colóquio devia abranger dois ou três dias e deveria incluir a voz dos escritores do interior do país.