Jornal Cultura

POEMA DA MANHÃ CINZENTA NA BEIRA DO MAR

-

o azul mar único do mar. o cinzento céu único do céu. eu agora eu único carícia vaga das águas! mar moça! beça-ngana! teus dedos, in initamente múltiplos, ou teus cabelos líquidos de ondina, carícia de tua presença no meu corpo! esta manhã sem sol: vida! esta espera de chuva: vida! chuva sobre o mar: vida! ó pescador solitário olhando o céu e o mar dongo na praia indeciso receio das redes escondidas no capim pescador: tua mulher terá peixe para vender no mercado? carícia longa das águas! espera triste da chuva! espera-arrepio na promessa cinzenta do céu! quem lhe falou na beleza desta tarde? tão só e a inquietaçã­o e longe o amor e o sonho… tão sós tudo descansa em nossas mãos caídas!

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola