A GEOGRAFIA DO TEMPO E COMO DEFINIR METAS PARA 2016
Isto não é uma lista de planos pessoais, muito menos uma colecção dos“hábitos das pessoas altamente quali icadas”. É uma exposição sucinta de opiniões que podem tornar-se valiosas para de inir e/ou injectar algum senso de orientação no decorrer do ano que agoratomou curso. E quem escreve está longe de ser um guru des- ses assuntos.
Ultimamente me deparei com um conceito que achei muito interessante. Segundo a matéria, os séculos, além de serem uma unidade de tempo, constituem também (quiçá, principalmente) um espaço caracterizado por culturas, ideologias, clima e assim em diante. Um espaço onde as pessoas conseguem se identi icar umas com as outras através dos seus modos e tratos. Um século, nessa perspectiva é uma civilização constituída por governados e governantes, onde, por exemplo, a arte mais interessante em um determinado ano, suplanta as produzidas antes e depois dela; onde os movimentos sociais fracassados ou de pouco impacto seriam como uma cidade ou grupo étnico apagado da história do seu país. O tempo, a inal, é um lugar pelo qual se pode viajar através de memórias próprias ou dos que nos antecederam e por meio de planos, profecias e um pouco de ciência.
A pesar de mais breves, o mesmo se aplicaria aos anos.
Ao identificarmos as histórias e principais eventos da nossa vida ao longo do ano anterior – sublinho aqui( para os mais pragmatistas, obviamente) que o estudo do passado é a única fonte de informação segura e garantida para prognosticar o futuro – deveremos reconhecer os nossos padrões de comportamento e performance, os níveis das nossas habilidades interpessoais, o nosso optimismo e pessimismo, entre outras. Mas, mais relevante – de acordo a lógica inicial dessa reflexão – será mapear as nossas principais ideias do ano, os resultados mais relevantes, os amigos e equipes com as quais participamos, o saldo e o fluxo de dinheiro (esta palavra está mesmo bem aqui, rsrs), e vários outros aspectos idiossincráticos a cada um.
O ponto aqui é visualizar o ano como uma região geográ ica, um espaço não linear e localizar os castelos e as ruínas, as cidades e as periferias da nossa vida. Podendo assim, demolir edi ícios ou bairros inteiros, manter “novas centralidades” …