Jornal Cultura

MOISÉS KWANZA MORRE EM BERLIM

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O artista plástico angolano Moisés Kwanza morreu, vítima de doença, sexta-feira última (20/05), em Berlim, República Federal da Alemanha, onde residia desde 1990.

Moisés Kwanza, que nasceu em 1962 no Kuito/Bié, pintava a óleo sobre tela, geralmente no tamanho 1,00 por 1,20 metro, tendo participad­o em várias exposições individuai­s e colectivas em Angola e na Alemanha.

Nos seus quadros, Moisés Kwanza era considerad­o um artista visionário, naturalist­a, realista e surrealist­a que se inspirava nos hábitos e costumes do povo angolano para retratar nas suas obras questões ligadas à família, à sociedade, à religião, à guerra e ao ambiente.

O malogrado, que deixa quatro ilhos, formou-se no Instituto de Artes, em Luanda, tendo-se empenhado durante algum tempo como professor e funcionári­o do Ministério da Assistênci­a e Reinserção Social.

No início deste século, Moisés Kwanza participou no projecto “United Buddy Bears” (Ursos Camaradas Unidos), tendo pintado uma das 140 esculturas de urso que giraram o mundo como embaixador­es para uma convivênci­a conjunta e pací ica da humanidade.

As esculturas de urso representa­m diversos países reconhecid­os pela Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU). As iguras são colocadas lado a lado, de mãos dadas, paci icamente, intenciona­lmente para promover a tolerância e o entendimen­to mútuo entre as diversas nações, religiões e culturas.

Na exposição “United Buddy Bears”, idealizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNICEF), cada urso foi criado com um estilo distinto para expressar a singularid­ade dos artistas dos respectivo­s países.

O urso pintado por Moisés Kwanza, denominado “Mãe Angola”, destacavas­e pelos motivos angolanos, particu- larmente o “Pensador”, uma das mais belas iguras da escultura tchokwe (Leste de Angola), tido como símbolo da cultura nacional.

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A arte de Manuel Kwanza

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