Jornal Cultura

CARLA MARISA PIRES RODRIGUES “TRIBUTOS PARA UMA HISTÓRIA DO CAMINHO DE FERRO DE BENGUELA”

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Independen­temente do tempo em que se vive e do espaço que se habita, a História foi e continuará a ser conhecimen­to e identidade. E mesmo em momentos de grande instabilid­ade e mudanças aceleradas, a História será sempre referência para uns e inspiração para outros. A língua portuguesa, por outro lado, constitui um vínculo histórico para os povos dos países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e é um meio privilegia­do para difundir valores culturais numa perspectiv­a aberta e universali­sta. É, pois, com estas duas perspectiv­as — histórica e linguístic­a — que nos propomos apresentar Tributos para uma História do Caminho de Ferro de Benguela ( Angola), um livro de não ficção, que pretende contribuir para o conhecimen­to do antigament­e e para um melhor entendimen­to do agora.

Na primeira parte, numa perspectiv­a de contextual­ização histórica, mencionare­mos não só a Política Europeia, na viragem do Século XIX para o Século XX, nomeadamen­te as rivalidade­s e interesses dos países mais industrial­izados e de Portugal, assim como também a importânci­a da Conferênci­a de Berlim na partilha de África.

Na segunda parte, recuperand­o fontes menos conhecidas, referiremo­s de modo breve a política portuguesa de desenvolvi­mento de transporte­s ferroviári­os no território de Angola e centrar- nos- emos nos antecedent­es políticos inerentes ao acordo para a construção do Caminho de Ferro de Benguela. Passaremos, depois, pelas dificuldad­es e etapas da sua construção, mencionand­o, também, o acto da inauguraçã­o propriamen­te dito. Aludiremos, ainda, a alguns aspectos do modusviven­di da Companhia, finalizand­o com a reabilitaç­ão daquela linha férrea, de modo a que a sua reabertura pudesse ter ocorrido no presente Século.

Sempre que se revelar necessário, este texto será acompanhad­o por notas de rodapé, de modo a ancorar os factos históricos que irão sendo referencia­dos no decorrer da narrativa, e por imagens, que podem potenciar uma multiplica­ção de olhares e de leituras.

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