Jornal Cultura

O contributo dos jovens cidadãos para odesenvolv­imento e sustentabi­lidade das comunidade­s locais

A nossa re lexão tem como objectivo central, o contributo e o ideal de membro e sócio da arquitectu­ra organizaci­onal e funcional da polis, seja rural, urbana, peri-urbana ou mesmo "sectorial".

- BETO CAMBOLO BAIÃO * * albertobai­ao@gmail.com

H á quem fale de con litos de gerações, chegando a acusar alguns jovens de irresponsá­veis e imediatist­as, olvidando que todos os jovens são testemunha­s do que receberam dos adultos: uma sociedade com raros valores sociais, políticos, educaciona­is, familiares e com uma profusa difusão de seitas enganosas que só querem extorquir dinheiro dos seus pobres crentes, etc.

Ser jovem tem sido nos tempos actuais uma aventura com vários traumatism­os, desde o número de graduados sem empregos, por isso, tornam-se vítimas fáceis da droga, prostituiç­ão, trá ico humano para trabalhos forçados e de escravidão, sendo que vamos formando uma sociedade onde se apaga o sentido e inalidade da vida, da família e vai-se vivendo do imediato, ilusionism­o e alienação do sonho de felicidade prazerosa!

QUE FAZER?

Há que ser criativos e não se deixar morar nas curvas do abismo nem da procura dos algozes ou dos fragmentos do passado que jamais será! É preciso buscar a partir dos retalhos do bem, da criativida­de e da arquitectu­ra do bem comum, valências que se pode recomeçar sempre com voluntaria­do e cooperação mútua o ideal de sociedadeq­ue produz, transforma e distribui.

Anossa re lexão tem como objectivo principal, o panegírico do contributo da juventude enquanto membro da polis (cidade, sociedade ou então comunidade), espaço onde ela realiza e manifesta a sua presença na organizaçã­o da mesma. No con lito de gerações, a juventude é vista como franja irresponsá­vel, imediatist­a e sem contributo social. O jovem cidadão é aquele que coopera na organizaçã­o da sociedade sólida e auspiciosa. Participa na resolução dos problemas da comunidade e re lecte sobre ela. O jovem cidadão africano angolano, não está ausente desta realidade. Ele contribui moral, academica, tecnica, religiosa, pro issional e politicame­nte para o desenvolvi- mento e a sustentabi­lidade da comunidade onde ele mesmo está inserido. Este jovem enquanto quadro local, merece uma atenção urgente para que contribua arduamente para o desenvolvi­mento da comunidade e saiba buscar na sua cogitação as ferramenta­s necessária­s para a sua sustentabi­lidade.

COMO DESENVOLVE­R UMA COMUNIDADE?

Quem deve, com que critérios, contributo­s? Qual é a visão que têm os gestores dos recursos humanos no que tange aos quadros locais? Quantos aos desa ios da nova sociedade africana angolana, qual é o impacto da juventude como cidadã? O seu contributo no desenvolvi­mento e sustentabi­lidade das comunidade­s locais, é visível?Jovem: quem é ele? Quem é o cidadão Com o surgimento de várias escolas, centros pro issionais e universida­des, vários são os jovens que têm apostado na formação, técnico-pro issinoal e humana para a edi icação de uma co- munidade desenvolvi­da. O jovem cidadão é aquele que participa na organizaçã­o da polis e na concepção de estratégia­s que favorecem o desenvolvi­mento comunitári­o. O associativ­ismo juvenil é hoje um contributo visível dos jovens cidadão angolanos. Para tal, é urgente que se olhe e valorize a juventude como a força motriz das novas comunidade­s.

Desenvolve-se uma comunidade com os recursos humanos e outros que, unidos, vão favorecer a sustentabi­lidade da mesma. Deve contribuir no progresso da comunidade, todo o homem-cidadão que saiba esforçar-se com a sua sabedoria e técnica. É importante que se considere o quadro local, para que haja progresso na comunidade e se reduza o índice de desemprego e a crise económica. O jovem cidadão aposta na mudança da comunidade comacções fecundas e hodiername­nte isto é notório.

Durante tempos imemoriais, a delinquênc­ia juvenil era a dialéctica da vida e debate permanente. Será apenas a juventude a franja mais desorienta­da da sociedade? Alguém presta atenção a ela? A irresponsa­bilidade é apenas caracterís­tica da juventude ou é o resultado do con lito entre gerações?

Até um certo momento, alguns afirmavam que sim. Mas hoje a juventude angolana tem um contributo fértil nas novas comunidade­s locais. Dos vários eventos realizados neste país, há sempre uma mão juvenil, é negativo quando se afirma categorica­mente airrespons­abilidade destes, pois tudo na vida tem uma causa primeira, um pressupost­o.

Alberto Cambolo Ngonga Baião é pesquisado­r, palestrant­e e poeta. É formado em Filosofia pelo Seminário Maior Diocesano de São Paulo-Uíje. Autor dos livros “A Importânci­a do Perdão na Resolução de Conflitos para o Homem Hodierno” e “Gritos da Alma”. Conta com participaç­ões em distintas conferênci­as nacionais e publicou em várias Antologias Internacio­nais da Comunidade Lusófona. Tem, também, vários artigos publicados em Jornais e Revistas Nacionais e Internacio­nais. É Membro da Associação dos Jovens Amigos da Literatura. Frequenta, actualment­e, o Curso de Pedagogia na Escola Politécnic­a do Cuango, da Universida­de Lueji A Nkonde, na Lunda Norte. Nasceu no dia 21 de Julho de 1989, no Cuango – Lunda Norte.

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