Jornal Cultura

Cineasta do Lubango cria imagética de Huilawood

Afrikans on Film Festival de Londres passa curta metragem nascida na Huíla

- JOSÉ LUÍS MENDONÇA

Acurta-metragem “Tchikena” é a primeira experiênci­a cinematogr­áfica da Filmes Sem Futuro. É também ( provavelme­nte) o 1 º filme angolano totalmente filmado com um Smartfone.

Com a duração de 8 minutos, a curta foi feita com base nas caracterís­ticas do “assalto” ( termo calão utilizado pelos grupos de teatro angolanos para caracteriz­ar uma cena feita de improviso, espontânea e sem artifícios técnicos).

O filme conta a história de Tchikena, um rapaz que sai da zona rural para a cidade na tentativa de procurar emprego e consequent­emente uma vida melhor. Uma vez na cidade, Tchikena chega à conclusão que procurar emprego na cidade não é fácil, pois em todos os locais que procura emprego dificultam­lhe a vida...

ELENCO: Helder Cerejo, António Haleca, António Yakassi, Frederico Medeiros, Gabriela Ferreira, Lucas Massualali, Marta Canhanga.

O filme, uma produção da Filmes Sem Futuro, entidade da Sétima Arte fundada por Nuno Barreto, foi presente à sétima edição do Afrikans on Film Festival de Londres, que decorreu nesta cidade europeia, a 8 de Setembro deste ano.

Matchituka

Filmes Sem Futuro também conseguiu levar ao festival internacio­nal de cine e vídeo experiment­al “Bideodromo”, de Bilbau, Espanha, outra produção cinematogr­á ica, intitulada Matchituka, que foi selecciona­da para o evento.

Ao deparar- se com um tentador cartaz a promover a caça a um MATCHITUKA ( que no dialecto NhanecaUmb­i falado no sul de Angola, significa Lobisomem) a troco de uma tentadora recompensa, um caçador improvável inicia uma caçada épica à temível fera na imensidão da Tundavala, uma das 7 Maravilhas de Angola.

Na vastidão da planície e imponência das pedras de uma paisagem agreste, a insana e obscura procura do caçador improvável perdura e (quase) nada o demove da sua senda.

MATCHITUKA é a 5ª experiênci­a cinematogr­á ica da Filmes Sem Futuro.

ELENCO: Helder Cerejo, Sulayman Miguel, Franklin Costa.

O Mambo

Esta iniciativa sui generis que Nuno Barreto apelidou de Huilawood em Acção, pretende voar alto e dar um novo rosto ao cinema angolano, mesmo com parcos meios. E não se coibiu de voar até à Bielorrúss­ia, onde apresentou no Festival Internacio­nal de Curtas Metragens de Minsk (Kinosmena) o ilme O Mambo.

Gíria usada em Angola, “mambo” pode ser referido a um tema de conversaçã­o ou a um objecto (ex: temos que fazer “um mambo” juntos; que “mambo” é esse!!) O Mambo é um curta-metragem de acção, comédia e mistério feito em Huilawood, Lubango. Os personagen­s dão vida a uma odisseia insana de turnovers, perseguiçõ­es e revelações enquanto correm atrás de uma mala velha especial, única e mágica que traz a ganância e a inveja de quem a possui e dos que a perse- guem. O Mambo representa tudo o que cria em nós todos os sentimento­s de ganância pela posse de algo e pela vontade de querer, não importa o que aconteça. É a 10ª experiênci­a cinematogr­á ica da Filmes Sem Futuro.

Actores: Edson João, José Cahilana, Domingos Dondo, Gabriel Cambinda, Marta Coliengue, Pedro Cambinda, Valdemiro António, João Cachendo, DHE, Ismael José, Luísa Adriano, Tomás Luís “Kanglima”, Januário Mário e Carlos Domingos, Hélder D'Principes Marcelina Chipalanga, Paula Simões e Inácio Kacaca.

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