Jornal Cultura

Erika Jâmece A Memória no Traço do Futuro

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s notícias ao longo da história da humanidade marcaram o quotidiano do mundo. E continuam a marcar… Através dos diversos meios de comunicaçã­o, os noticiário­s, sejam pela via telefónica, móvel, imprensa, radiofónic­a ou televisiva, fixam na nossa memória individual e coletiva esse tempo fixado em cada história contada. Não há futuro sem memória oral e escrita. Esta exposição da pintora angolana Erika Jâmece, percorre vários tempos.

O tempo da terra onde nasceu, o tempo das cores quentes onde se inspirou como a terra vermelha de Luanda e o tempo de um devir imaginário que é o que o seu olhar e os seus pincéis pintam.

No livro da autoria do escritor Mário Dionísio, intitulado "A Paleta e o Mundo", o mesmo refere, e, cito "Que sob grandes tempestade­s tem vivido, lutado, esperado e desesperad­o desde os dias de Vincent Van Gogh. Toda a arte moderna é a voz de muitos ecos deste homem de muitas faces no seio de temporais que ele próprio no seio de temporais que ele próprio desencadei­a e de que não conseguiu até hoje libertarse", im de citação.

A exposição de Erika Jâmece evidencia claramente as suas opções estéticas e artísticas.

O mundo da pintora Erika Jâmece percorre o seu tempo crucial, mas um olhar narrativo e atento sobre o mundo inteiro, onde ela habita. Há um agir local, mas um pensar global.

Angola é o seu ponto de partida. O mundo o seu local de chegada onde ensaia novas janelas de chegada na sua relação com a arte.

A pintura tem sido o seu destino. O seu percurso de criação vai ao encontro dos oceanos de arte do seu interior. As suas telas são o seu modo de expressão dos seus conceitos artísticos e no modo como se apaixona pela arte. A sua imaginação situa-se entre o sonho e a realidade, mas também nas tintas, nas cores e num universo deslumbrad­o e deslumbran­te. O seu olhar e os seus imaginário­s não têm um iltro no modo como percorre e executa as suas criações.

O titulo da exposição porque optou a pintora angolana Erika jamece é muito elucidativ­o coincident­e com a realidade do mundo atual.

Não há futuro sem memória. Cada tela representa um tempo e um despertar para múltiplas re lexões. O mundo está em constante mutação. Logo ao visualizar­mos e a dialogarmo­s com as telas expostas, 22 das quais inéditas, num total de 36 obras onde encontramo­s silêncios e exaltações. Des- cobrimos poesia no silencio mais profundo em cada quadro que atravessa muros e cumpre-se assim outros horizontes que nos conduzem a contemplaç­ão desta exposição.

Erika Jâmece cumpre assim os seus apelos interiores e permite que o visitante retire as suas conclusões e na esquina de cada tempo possa re letir sobre “Históricas notícias de traços e pincelas de Erika Jâmece”.

As cores vibrantes e os traços tornados realidades tração assim desenhos de novos diálogos e falas entre a Arte / Cultura de Angola e do mundo.

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ERIKA JAMECE
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