Jornal Cultura

Negra Nascente

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No eito da nascente segue a torrente O canto dos heróis no funeral da pátria Liberdade, sangue, querela ante o poente A nostalgia no confabular do povo, um canto novo Oh! Canta Áfrika nesta ribalta, dos homens a terra mátria Sob a alma do imbondeiro a tradição de nossa gente Nas chamas da lareira nossa história, nossa canção - e no eito da nascente segue a torrente! O canto dos heróis do além transborda Tedioso mas esmero revolucion­ando a corda Atentos no ondjango interpreta­m os velhos as sílabas da canção: um alerta, uma mensagem ante a miséria no rosto da nação mas lá telúrico negro canto ressoa: fugaz e fúnebre do além ecoa Altivoz os velhos cantos à liberdade com esmero entoam Na fumagem da lareira, assistem os homens o hastear da bandeira- e no eito da nascente segue a torrente!

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