Digital traz novas apostas para o cinema angolano
Ahistória do cinema angolano não foge a regra universal, por ter começado com a produção de documentários à semelhança do que acontece em todo o mundo.
Durante o período de maior ACTIVIDADE CINEMATOGRÁFICA, entre 1975 e 1985, foram produzidos cerca de 250 documentários, parte dos quais reportam os feitos do Governo da então República Popular de Angola, enquanto outros mosTRAM ASPECTOS MAIS Significativos do quotidiano angolano, com destaque das matrizes culturais dos diferentes povos e regiões que formam a sociedade angolana.
Em épocas passadas, fazer cinema em Angola era bastante apadroado quer para a própria Sétima Arte, que iniciava os seus primeiros caminhos, QUER PARA A AFIRMAÇÃO DA JOVEM Nação, independente desde 11 de Novembro de 1975, porque empregava-se o cinema como um dos meios mais poderosos para a defesa ideológica.
Além dos documentários, a primeira geração de cineastas angolanos prestou uma signiFICATIVA CONTRIBUIÇÃO AO PRODUZIR FILMES DE ficção E DE ANIMAÇÃO, com total apoio do Governo, que dispunha do indispensável Laboratório Nacional de Cinema (LNC), órgão público que atendia a fase de produção CINEMATOGRÁFICA, TIDA COMO chave do assunto cinema.
À medida em que o país se AFIRMAVA COMO UM NOVO Território livre e independente, MAIORES DESAFIOS ERAM ENFRENTADOS na arte de registar imagens em movimento, para gerações futuras, e dar a conhecer o país além fronteiras, além de o povo rever-se.
Toda a atenção foi dada AOS PROFISSIONAIS DE CINEMA, alguns eram igualmente proFISSIONAIS DA ENTÃO TELEVISÃO Popular de Angola (TPA), que tiveram ao seu alcance equipamentos e especialistas franceses e cubanos, que ministraram cursos para dotá-los de mais conhecimentos técnicos e artísticos.
Nessa “aventura” de fazer cinema num país recém-nascido e subdesenvolvido, dezenas DE JOVENS PARTIRAM à DESCOBERTA da Angola livre. Sob os efeitos da euforia do advento da independência, aos angolanos JUNTARAM-SE COOPERANTES Portugueses que comungavam os ideais da liberdade.
Áurea de Carvalho, Raúl de Almeida, Carlos António, Jorge Gouveia, António Ole e Ruy Duarte de Carvalho foram os primeiros realizadores, segundo o escritor José Mena Abrantes, ao citá-los no livro “Para Uma História do Cinema Angolano”, publicado em 2008, no âmbito da primeira edição do Festival Internacional de Cinema de
Luanda (Ficluanda-2008).
Surgiram, também, equipas de produção (Chatertone e Angola-ano Zero) e empresas privadas (Promocine, TeLECINE E UNICITÉ), QUE JUNTO DA Televisão Pública de Angola, do Laboratório Nacional de Cinema e do Instituto Angolano de Cinema (IAC), engendraram os trilhos da cineMATOGRAFIA ANGOLANA, DESDE A produção, distribuição e exiBIÇÃO DE FILMES.
Subitamente surgiram ouTROS PROFISSIONAIS APOSTADOS em seguir a carreira de realizador, tais como Álvaro Correia, Ademir Ferreira, Asdrúbal Rebelo, Carlos de Sousa e Costa, Afonso Salgado Costa, Diogo Agostinho, Raul Correia Mendes, Francisco Henriques, Carlos Henriques,