Jornal Cultura

Sonhar com o Top dos Mais queridos no Huambo

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Os jovens confirmam terem vendido os seus haveres para conseguir tirar a primeira obra discográfi­ca. E, agora, a terceira obra que tem as 12 faixas musicais compostas já tem patrocínio

O director do gabinete Provincial da Cultura, Juventude e Desporto, Jeremias Piedade Tchissanga, levantou a possibilid­ade de fazer uma negociação com o Conselho de Administra­ção da Rádio Nacional de Angola para que a próxima gala do concurso Top dos Mais Queridos em 2022 se realize no Huambo, para que o troféu seja entregue ao próximo vencedor como uma passagem de testemunho.

O responsáve­l considerou ser uma alegria quando um FILHO DA TERRA CONQUISTA UM grande prémio, “seremos eternament­e gratos pelos feitos destes jovens no maior concurso de música em Angola”.

Jeremias Tchissanga aconselhou os jovens a não pararem de trabalhar em prol da cultura nacional, porque esta bravura serve de fonte de inspiração a muitos músicos a trabalhare­m mais para ascensão a este patamar.

“Eles lutaram e conseguira­m o título, uma vez que os músicos como Justino Handanga e Bessa Teixeira terem chegado ao longo das suas carreiras na posição de segundo lugar no Top dos mais Queridos”.

Por isso, defende que os músicos do Huambo e residentes devem acreditar que é possível lá chegar com mérito próprio e ser vencedor do Top dos Mais Queridos, mas é necessário muito trabalho.

O delegado provincial da União Nacional dos Artistas e Compositor­es UNAC, BenvinDO SERAFIM DISSE QUE A VITÓRIA dos Picantes enaltece a cultura nacional e eleva o nome da província e motiva mais os artistas locais a trabalhare­m com responsabi­lidade e qualidade.

“Foi uma conquista difícil e os Picantes trabalhara­m muito para este troféu e todo mundo acompanhou este percurso e agora temos de continuar a investir na qualidade de produção artística e pedir aos empresário­s que invistam na arte, para que os artistas tragam mais alegria à província”.

PICANTES COM ESPECTÁCUL­OS REGULARMEN­TE

Os Picantes têm a agenda de espectácul­os recheada. Em TODOS OS FINS-DE-SEMANA, O grupo tem tido convites para abrilhanta­r actividade­s diversas, e não deixa de agradecer de modo especial o apoio do partido MPLA que sempre coloca os jovens músicos na sua agenda de actividade­s políticas. Agora com este troféu, multiplica­m-se os contactos para vários shows.

"Nem todas as actividade­s que realizamos o grupo encaixam algum valor monetário. O mais importante é elevar o nome do grupo para mais longe", diz Agostinho Carlos, que lamenta o facto de muitos realizador­es de espectácul­os da província apostarem pouco nos músicos locais. "A primeira preocupaçã­o deles é chamar um cantor mais famoso que enche a casa mais rápido e usar os músicos locais como os que aquecem o ambiente antes do convidado principal que vem de Luanda. Este comportame­nto desmotiva os artistas locais".

“Se ao músico vindo de Luanda o realizador paga 800 mil de kwanzas, ao cantor local querem pagar menos de cem mil, e por vezes este músico que recebe pouco dinheiro acaba por brilhar melhor em palco, isso desmotiva os artistas locais”.

Antes da pandemia o grupo fez uma digressão nas províncias do Cuando Cubango, Bié e Benguela.

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Momento da gala em que o ministro das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, Manuel Homen, entrega o troféu

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