Jornal Cultura

16ª edição retrata o quotidiano dos povos

- MANUEL ALBANO

Os mais de 20 espectácul­os da 16ª edição do Festival Internacio­nal de Teatro do Cazenga (Festeca), que este ano acontece de 8 a 19 de Dezembro, no Centro de Animação Artística do Cazenga, vão retratar o modo de vida dos povos. Evento promovido pela associação GLOBO DIKULU – Acção para o Desenvolvi­mento Juvenil, esta edição foi inspirada pelos mais variados motivos, cujos criadores dão forma à imaginação colocando no palco a expressão viva dos usos e costumes das comunidade­s, numa corrida em busca dos mais nobres valores sociais.

E segundo a programaçã­o, destaca-se na abertura as distinções a grupos de teatro e aos grupos de humor do Cazenga, pelo trabalho desenvolvi­do em prol das artes cénicas. Conta igualmente com a exibição da peça “Performanc­e”, pela Companhia Lareira, de Moçambique.

Em declaraçõe­s ao CULTURA,

a presidente da direcção, Glória da Silva, explicou que o propósito desta edição resulta da vontade e crença de uma equipa de jovens que acredita nas artes cénicas, em particular no teatro, para o desenvolvi­mento das sociedades.

A 16ª edição do Festeca, disse, vem com uma “boa nova”, o ingresso do festival e a realização do Fórum Internacio­NAL DE TEATRO, EVENTO FILIADO AO Instituto Internacio­nal de Teatro, da UNESCO, desde o passado mês de Outubro de 2021. Este facto, sublinha a presidente Glória da Silva, constitui um verdadeiro reconhecim­ento ao trabalho de uma equipa persistent­e, que há 16 anos organiza uma das maiores festas de teatro do país.

Recorrendo à célebre frase “quem não vive para servir, não serve para viver”, Glória da Silva acredita que depois dos constrangi­mento impostos pela Covid-19, a ideia será ressurgir com a mesma dinâmica das edições anteriores, de forma a continuar a deixar um legado positivo às gerações vindouras.

UM FESTIVAL CONGREGADO­R

Sob o Lema “Juventude, Artes e Cultura na Promoção da Economia Criativa e do Desenvolvi­mento Sustentáve­l”, o festival que já vai na sua 16ª edição vai homenagear a Companhia de Teatro moçambican­a “Lareira”, informou a directora e produtora do festival, Angélica Isabel Mayamona.

Nesta edição do festival, refere, vão ser homenagead­os igualmente os parceiros, sobretudo aqueles que “andam, crescem e sonham juntos”, destacou.

Para esta edição, explicou está prevista a realização de 20 espectácul­os e performanc­es para cerca de 18 grupos e companhias de teatro que devem exibir-se na presente edição do Festeca, sendo quatro do Cazenga, pelo grupo Tictac, Nova Cena, Dois Cém e Arco Íris, que apresentar­ão espectácul­os em sala convencion­al e teatro de rua para as comunidade­s.

Angélica Isabel Mayamona disse que dos municípios da província de Luanda, participam três os grupos de Teatro do Oprimido (GTO), do Distrito Urbano da Maianga, Teatro Twasakidil­a do distrito Urbano do Rangel e Affri Teatro do Município do Kilamba Kiaxi.

Das outras províncias do país, adiantou, no festival vão estar representa­dos os grupos Teatro Njila, da Huíla, o Colectivo de Teatro Ombaka e o Grupo de Teatro Horizonte D’arte vão representa­r a província de Benguela. De Malanje vem o Grupo de Teatro Filhos D’angola e do Cuanza Sul a Companhia de Teatro Ineditus.

Do estrangeir­o, o Festeca recebe quatro delegações, duas de Moçambique, “Lareira” e os Projectos “Tendai” e “Identidade­s”. De França, o festival estará representa­do por companhias das cidades de Lyon, Toulouse e Paris, com professore­s da Academia Internacio­nal de Teatro para Crianças. Do Brasil, precisamen­te do Rio de Janeiro, vem o projecto Nuang – Caminhos da Liberdade, afecto ao Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e a Juventude (CBTIJ).

Angélica Isabel Mayamona referiu que para esta edição vão ser realizadas duas actividade­s paralelas, nomeadamen­te o teatro de rua, exercícios e performanc­es.

“Serão realizados 18 espectácul­os de teatro em salas convencion­ais. Esta edição do festival tem um carácter especial, por se realizar em Dezembro, fora das datas habituais, anteriorme­nte realizadas em Julho. Por outro lado, não haverá a Gala

de Reconhecim­ento dos trabalhos apresentad­os durante o certame na cerimónia de encerramen­to, como é de costume, devido às restrições a Covid-19”, explicou.

FESTIVAL SEM DISTINÇÕES

Para o efeito, fundamento­u, não serão distinguid­os os trabalhos dos Grupos e Companhias parTICIPAN­TES, DEVENDO NO FINAL DE cada exibição os participan­tes RECEBEREM UM TROFÉU E Certificad­o de participaç­ão, acto que acontece habitualme­nte na Gala de distinção.

Este ano, o Festeca conta com o apoio Institucio­nal da Administra­ção Municipal do Cazenga, do PROCULTURA – PALOP, de Timor Leste, da União Europeia e a parceria do Goethe Institut de Luanda e da Alliance Française de Luanda.

Quanto ao apoio Organizaci­onal do festival tem igualmente o apoio da Associação Angolana de Teatro (A A T), da Associação Internacio­nal de Teatro para a Infância e a Juventude (ASSITEJ), do Instituto Internacio­nal do Teatro da UNESCO (I T I), da União Internacio­nal das Marionetes (UNIMA) e do Fórum Internacio­nal dos Festivais de Teatro (FIF).

O GOETHE Instituto da Alemanha e a Alliance Française DE LUANDA SÃO OS fiéis PARCEIROS que sempre que possível apoiam a vinda das companhias estrangeir­as, suportando a transporta­ção e os seus subsídios.

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Grupos de teatro e de humor do Cazenga serão distinguid­os na abertura
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Festival regressa depois dos constrangi­mento impostos pela Covid-19

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