Uma Fundação da Cultura a caminho
O que sugere a jovens para aproveitar oportunidades, não apenas ao nível de parcerias…
Aos jovens, em todos os aspectos, precisam primeiro de serem enquadrados, e isso significa criar-lhes oportunidade. Aqui, a nível da política do sector, o ministério da Cultura é o ponto de referência para que tragam o apoio institucional e iniciativas que não sejam apenas do governo. Nós temos essa perspectiva nesse processo de identificação das áreas em que os jovens possam se exprimir, e definir claramente quais são os domínios e acções concretas da indústria cultural, não apenas na arte, como também noutras disciplinas, como dança, música e outras. Nós, Bienal, estamos a negociar com a Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico (ACP), um protocolo a ser assinado brevemente que tem a ver com o papel da cultura para o desenvolvimento económico e social do continente africano. Nesta perspectiva, pretendemos criar o que se vai chamar a Fundação da Cultura, para assistir ao nível dos continente e das Caraíbas pacíficas aqueles artistas que tiverem dificuldades para se exprimir, que possam ter um apoio. Essa fundação vai ser um dos elementos do projecto de apoio, cujo financiamento será dado pela União Europeia, e temos todo o interesse em ficar atento. Qualquer artista poderá obter o apoio, desde que cumpra as regras.
E como estão os preparativos para a próxima edição?
Estamos na véspera de mais uma cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, nos dias 5 e 6 de Fevereiro. Antecede a esta cimeira a reunião dos ministros das relações exteriores, Angola e alguns departamentos da união africana e a Unesco vão levar a informação do que foi a Bienal, já que assinalou o tema central da União Africana. Entre as acções que constam do roteiro, como arte e cultura e criação de uma África diferente, nós temos a obrigação de poder apresentar o relatório. O que se espera, pelo menos ao nosso nível, tal como nas edições anteriores, é que Angola venha a ser encorajada a acolher a terceira edição. Neste sentido, será um grande incentivo para Unesco e União Africana, na base dos oitenta projectos que nós temos, e como dividir em termos de sub-região.