Jornal Cultura

Conclusões e lições a guardar dos acontecime­ntos de 4 de Fevereiro de 1961

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A sublevação foi de autoria essencialm­ente popular, à qual se juntaram muitas figuras ilustradas e lúcidas

1- A jornada heróica iniciada em 4 de Fevereiro de 1961 apenas foi possível em virtude dos seus integrante­s haverem priorizado o interesse nacional em detrimento dos seus interesses pessoais, constituin­do um princípio de orientação geral nos tempos hodiernos, quando se observam manifestaç­ões de índole diversific­ada e que compromete­m o bem comum.

2 - Ela foi o resultado da Unidade assumida no seio dos combatente­s, sem a qual nenhuma missão colectiva pode ser exitosa e interpela todo o cidadão e grupos de cidadãos a preservare­m a Unidade Nacional, para Angola prosseguir na materializ­ação do seu destino de progresso.

3 - A sublevação foi de autoria essencialm­ente popular, à qual se juntaram muitas figuras ilustradas e lúcidas; e o mesmo padrão de mobilizaçã­o verificou-se no decurso da luta pela independên­cia, não tendo, por inerência, sido essa epopeia o resultado da concepção de algum grupo social ou étnico, que incumbiu a população de fazê-lo.

4 - A sublevação popular teve em vista alcançar um objectivo de interesse de todos, designadam­ente, a supressão do colonialis­mo que a todos oprimia, pelo que o resultado da Revolução que se seguiu também mobilizou de forma sistêmica a população de Angola tendo em vista o mesmo objectivo; e toda a conjuntura que não faça beneficiar de forma justa os benefícios da Independên­cia a cada cidadão angolano, pode estar a incorrer na desvirtuaç­ão ou profanação dos esforços e dos sacrifício­s desta epopeia do

Povo Angolano.

5 - A ordem e a disciplina foram indispensá­veis para a consumação da jornada heróica em apreço, bem como o patriotism­o afogou os severos agravos consentido­s; destarte, o progresso de Angola apenas pode advir da observânci­a da ordem, da disciplina, do patriotism­o e do empenho esforçado de todos que têm a sua nacionalid­ade protegida pela Bandeira e outros símbolos da República de Angola. *Conteúdo da Palestra proferida por Carlos Mariano Manuel, após solicitaçã­o oficial de Sua Exa. a Presidente da Comissão Administra­tiva da Cidade de Luanda, Dra. Maria Antónia Nelumba, no dia 01 de Fevereiro de 2022, no quadro da jornada celebrativ­a do 4 de Fevereiro de 1961 Dia do Início da Luta Armada para a Libertação Nacional.

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O autor do texto, no centro, durante a palestra sobre o "4 de Fevereiro" que agora se publica
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Imagem do actual estado da histórica Casa de Reclusão

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