Militares são reserva moral da Nação
AFIRMA CHEFE ADJUNTO DO ESTADO-MAIOR DAS FAA
Uíge
O chefe adjunto do EstadoMaior das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio Sousa e Santos “Disciplina”, renovou em Luanda o apelo aos militares para assumirem uma postura exemplar durante as eleições, porque “constituem a reserva moral da Nação”.
Ao discursar no encerramento do primeiro curso de actualização de Comandos e Estados Maiores das Grandes Unidades, na Escola Superior de Guerra, o general das FAA disse que em circunstâncias eleitorais, os militares devem revelar uma atitude conforme os regulamentos e leis que não violem os princípios da Constituição da República. O general Egídio Sousa e Santos disse que os militares, como cidadãos, podem participar livremente, assumindo um comportamento digno e responsável, pois, em ambientes desta natureza, têm surgido indivíduos aproveitadores que tentam agir em nome das FAA para manchar a sua imagem.
“Realizamos esta cerimónia num momento de grandes expectativas, em que a nação inteira se organiza e mobiliza para mostrar ao mundo quanto vale a sua maturidade”, realçou o general das FAA, que deu uma garantia: “vamos continuar a cumprir a nossa missão de soberania, à luz da Constituição”, afirmou o chefe adjunto do Estado-Maior das Forças Armadas.
Região Militar orte
Militares e trabalhadores administrativos da Região Militar Norte de Angola foram esclarecidos so- bre os procedimentos a adoptar durante o processo de votação nas eleições gerais. Em palestra promovida pelo comando da Região Militar Norte, o Procurador Militar da Região Militar Norte, José da Cruz, esclareceu que apesar dos militares serem apartidários não significa que não devem votar, daí a necessidade de estarem devidamente esclarecidos sobre o seu dever de cidadania.
José da Cruz esclareceu que os efectivos das Forças Armadas Angolanas devem ter um comportamento cívico e patriótico exemplar, respeitando a lei e os regulamentos estabelecidos. O magistrado lembrou aos efectivos que dentro das unidades militares não se deve fazer campanha política eleitoral, como estabelece a lei. “Os militares não podem exibir símbolos de partidos políticos nas unidades e, no dia 31 de Agosto, devem ir às mesas e assembleias de voto trajados a civil, não exibindo fardamento ou outros uniformes militares, excepto aqueles que estiverem de serviço”, disse.
O Procurador Militar da Região Militar Norte aconselhou os efectivos a não participarem em manifestações de partidos políticos, sob pena de contrariarem o plasmado na lei eleitoral e na Constituição.
A palestra, sobre a “importância do voto e a estratégia de aplicação do programa específico para o processo eleitoral na Região Militar Norte”, teve como objectivo sensibilizar os oficiais superiores, subalternos, capitães, sargentos e praças, sobre a participação nas eleições.
O comandante da Região Militar, tenente-general Luís Domin- gos “Pitéu”, disse que a palestra marcou o início da campanha específica de mobilização e esclarecimento sobre o processo eleitoral em curso no país e a necessidade de participação dos militares enquanto defensores da nação.
O êxito das eleições depende também, em grande medida, da maneira como os militares estiverem prepa- rados do ponto de vista da educação patriótica e cívica, através de um amplo processo de esclarecimento sobre a importância das eleições. O comandante da Região Militar Norte reafirmou a importância dos militares continuarem a manter uma postura de elevado sentido patriótico e cívico: “para o efeito, os militares devem primar por exemplos de civismo e de total apartidarismo, agindo em conformidade com a lei e disciplina militar”.
(*) com Angop