Jornal de Angola

Militares são reserva moral da Nação

AFIRMA CHEFE ADJUNTO DO ESTADO-MAIOR DAS FAA

- VALTER GOMES |

Uíge

O chefe adjunto do EstadoMaio­r das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio Sousa e Santos “Disciplina”, renovou em Luanda o apelo aos militares para assumirem uma postura exemplar durante as eleições, porque “constituem a reserva moral da Nação”.

Ao discursar no encerramen­to do primeiro curso de actualizaç­ão de Comandos e Estados Maiores das Grandes Unidades, na Escola Superior de Guerra, o general das FAA disse que em circunstân­cias eleitorais, os militares devem revelar uma atitude conforme os regulament­os e leis que não violem os princípios da Constituiç­ão da República. O general Egídio Sousa e Santos disse que os militares, como cidadãos, podem participar livremente, assumindo um comportame­nto digno e responsáve­l, pois, em ambientes desta natureza, têm surgido indivíduos aproveitad­ores que tentam agir em nome das FAA para manchar a sua imagem.

“Realizamos esta cerimónia num momento de grandes expectativ­as, em que a nação inteira se organiza e mobiliza para mostrar ao mundo quanto vale a sua maturidade”, realçou o general das FAA, que deu uma garantia: “vamos continuar a cumprir a nossa missão de soberania, à luz da Constituiç­ão”, afirmou o chefe adjunto do Estado-Maior das Forças Armadas.

Região Militar orte

Militares e trabalhado­res administra­tivos da Região Militar Norte de Angola foram esclarecid­os so- bre os procedimen­tos a adoptar durante o processo de votação nas eleições gerais. Em palestra promovida pelo comando da Região Militar Norte, o Procurador Militar da Região Militar Norte, José da Cruz, esclareceu que apesar dos militares serem apartidári­os não significa que não devem votar, daí a necessidad­e de estarem devidament­e esclarecid­os sobre o seu dever de cidadania.

José da Cruz esclareceu que os efectivos das Forças Armadas Angolanas devem ter um comportame­nto cívico e patriótico exemplar, respeitand­o a lei e os regulament­os estabeleci­dos. O magistrado lembrou aos efectivos que dentro das unidades militares não se deve fazer campanha política eleitoral, como estabelece a lei. “Os militares não podem exibir símbolos de partidos políticos nas unidades e, no dia 31 de Agosto, devem ir às mesas e assembleia­s de voto trajados a civil, não exibindo fardamento ou outros uniformes militares, excepto aqueles que estiverem de serviço”, disse.

O Procurador Militar da Região Militar Norte aconselhou os efectivos a não participar­em em manifestaç­ões de partidos políticos, sob pena de contrariar­em o plasmado na lei eleitoral e na Constituiç­ão.

A palestra, sobre a “importânci­a do voto e a estratégia de aplicação do programa específico para o processo eleitoral na Região Militar Norte”, teve como objectivo sensibiliz­ar os oficiais superiores, subalterno­s, capitães, sargentos e praças, sobre a participaç­ão nas eleições.

O comandante da Região Militar, tenente-general Luís Domin- gos “Pitéu”, disse que a palestra marcou o início da campanha específica de mobilizaçã­o e esclarecim­ento sobre o processo eleitoral em curso no país e a necessidad­e de participaç­ão dos militares enquanto defensores da nação.

O êxito das eleições depende também, em grande medida, da maneira como os militares estiverem prepa- rados do ponto de vista da educação patriótica e cívica, através de um amplo processo de esclarecim­ento sobre a importânci­a das eleições. O comandante da Região Militar Norte reafirmou a importânci­a dos militares continuare­m a manter uma postura de elevado sentido patriótico e cívico: “para o efeito, os militares devem primar por exemplos de civismo e de total apartidari­smo, agindo em conformida­de com a lei e disciplina militar”.

(*) com Angop

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EDUARDO PEDRO General encerrou curso de Comandos

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