Angola termina presença na canoagem Títulos prejudicam Phelps
JOGOS OLÍMPICOS NADADOR SOFRE DESCONTOS
A missão angolana termina hoje a participação nos Jogos Olímpicos de Londres, com o canoísta Nelson Henriques a competir nas eliminatórias dos 200 metros individuais, às 9h51, no Lee Valley White Water Centre, na segunda série.
Nelson Henriques, que parte na pista um tem a concorrência de Jefferies Richard (Inglaterra), Kuleta Piotr (Polónia), Ivan Shtyl (Rússia), Sebastian Brendel (Ale- manha) e Cristobal José (México).
Ontem, a dupla Fortunato Pacavira e Nelson Henriques classificou-se na quarta e última posição na final B K2 1000 metros no torneio de canoagem, fazendo 4:15.497 contra 3:37.692 da dupla vencedora Grzybowski Marcin/Kaczor Tomasz (Polónia).
Apesar da canoagem não atingir o pódio nos jogos, Fortunato Pacavira e Nelson Henriques honraram o país nos Jogos Olímpicos, marcando presença em duas finais. Fortunato Pacavira, na final B individual K1 1000 metros( sexta posição) e Fortunato Pacavira/Nelson Henriques final B K2 1000 metros.
Contactado pelo Jornal de Angola, o técnico Francisco Freire considerou positiva a prestação da canoagem angolana nos Jogos de Londres, enaltecendo o empenho e determinação de Fortunato Pacavira e Nelson Henriques durante as provas. “Os nossos atletas tiveram uma prestação brilhante no torneio, apesar de não atingirmos o pódio. Tivemos a oportunidade de disputar duas finais em Londres. Estamos felizes, com a nossa campanha nos Jogos Olímpicos”, realçou o seleccionador angolano.
Francisco Freire acrescentou ainda que o trabalho dos canoístas angolanos não termina por aqui. Estão já a pensar na próxima edição dos Jogos Olímpicos em 2016 no Brasil. “Penso que se trabalharmos duro, participando em vários torneios internacionais, temos uma equipa forte no Brasil”.
O recordista de medalhas na história dos Jogos Olímpicos (22) sai de Londres com seis troféus, mas nem o fisco americano fez descontos.
Pelas seis medalhas conquistadas nestes Jogos Olímpicos, Michael Phelps vai receber do Comité Olímpico Americano (USOC) 104 mil euros (20 mil por cada uma das quatro de ouro e 12 mil pelas duas de prata) como prémio, mas desse montante terá que pagar nada menos que 36.800 euros de impostos, um valor considerado exorbitante.
Esse o “prejuízo” do nadador, no balanço da sua participação olímpica, estando em curso nos Estados Unidos um movimento para alterar essa lei, sob proposta dos senadores Marco Rubio e Bla- ke Farenthold. O presidente Barack Obama já manifestou o seu apoio a essa mudança. “Ele apoia esse projecto de lei. Se chegasse às suas mãos, ele diria sim. Os atletas americanos viajaram para Londres para representar o país de forma voluntária. O presidente acredita que devemos apoiar os esforços para nos assegurarmos de que fazemos o máximo possível para honrar e apoiar os nossos atletas”, declarou Jay Carner, porta-voz da Casa Branca.
De acordo com uma análise efectuada pela Fundação Americana para a Reforma Tributária, o fisco arrecada 7.100 euros por cada medalha de ouro, 4.200 de prata e 2.800 de bronze.