Empresas têm impostos por pagar
MÁ GESTÃO FINANCEIRA Governador do Cunene participa em debate sobre empreendedorismo
O governador da província do Cunene, António Didalelwa, disse que existe um número significativo de empresas com o pagamento de impostos em atraso e com uma gestão financeira deficiente. António Didalelwa alertou para o facto à margem de um seminário em Luanda sobre “Empreendedorismo 2012”, promovido pela organização internacional EMRC em parceria com o PNUD e AIA.
O governador da província do Cunene, António Didalelwa, afirmou que existe um número significativo de empresas com o pagamento dos impostos em atraso e com uma gestão financeira deficiente.
António Didalelwa denunciou o facto à margem de um seminário realizado em Luanda sobre “Empreendedorismo 2012”, promovido pela organização internacional EMRC em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Associação Industrial de Angola (AIA).
Os casos de atraso no pagamento dos impostos são detectados nos concursos públicos realizados pelo governo da província para construção de infra-estruturas sociais, aos quais concorrem muitas empresas que possuem cartão de contribuinte sem cadastro no Ministério das Finanças.
António Didalelwa defendeu, por isso, a necessidade de os empreendedores estruturarem as suas empresas, dotando-as de melhor organização, disciplina, auditoria e gestão financeira. “As empresas devem estar melhor organizadas e a sua gestão financeira deve funcionar na prática”, disse.
Na sua perspectiva é crucial que os empreendedores aumentem os seus conhecimentos e apostem nas parcerias público-privadas. “Temos cerca de 66 empresas a trabalhar no subprograma de construção de 200 casas, além dos vários programas existentes”, informou.
Atracção de investimento
No seminário, a responsável pelo programa empresarial angolano do PNUD, Flora Neves, informou que a organização tem por objectivo promover negócios sustentáveis e conta com o apoio financeiro da Cooperação Espanhola. “A inten- ção é desenvolver um ambiente de negócios que melhore o bem-estar das populações”, disse. O programa empresarial angolano surgiu através de uma parceria público-privada com a petrolífera Chevron, para juntos fomentarem o empreendedorismo e a criação de empregos.
O director da Incubadora de Empresas, Jacinto Domingos, revelou que 34 mil jovens já beneficiaram de uma formação em artes e ofícios. A Incubadora de Empresas está a executar um programa de empreendedorismo nas comunidades, que se vai estender, numa primeira fase, às províncias do Huambo, Kwanza-Sul e Benguela.
A directora executiva da organização internacional EMRC, Edit Miller, referiu à imprensa que o seminário teve como objectivo abordar o acelerado crescimento de Angola e aposta na atracção de investimento e diversificação sectorial do país.
Edit Miller explicou que a EMRC promove fóruns de referência internacional, como o África Finance & Investiment Forum e o Forum AgriBusiness, que este ano decorre de 25 a 28 de Novembro em Dakar, no Senegal, sob o lema “Impulsionar o sector agrícola em África através da promoção de parcerias, investimento e tecnologia”.
A EMRC é uma organização internacional criada em Bruxelas em 1992, que promove debates com empresários, consultores, representantes do sector privado e membros do governo de cerca de cem países. A organização tem desenvolvido relações económicas e comerciais entre empresários com interesse específico em África, tendo como missão a expansão das relações de negócios entre os seus membros.