Polícias nacionais coordenam acções para reforçar a vigilância na fronteira
CUNENE
Autoridades de Angola e da Namíbia decidiram quarta-feira, em Santa Clara, estabelecer medidas conjuntas para travar o contrabando na fronteira e facilitar o movimento migratório nos postos fronteiriços de ambos os países.
O comandante da Polícia na região de Omusati, República da Namíbia, no final de uma reunião, no consulado deAngola na localidade de Oshakati, disse à imprensa ser importante a integração de serviços para facilitar o movimento migratório nos postos fronteiriços.
Simioni Sidinge afirmou que o encontro, de iniciativa da missão angolana, permitiu apurar algumas ocorrências que afectam a população ao longo das fronteiras.
As duas partes analisaram a movimentação de pessoas e de bens e decidiram trabalhar juntas para combater, entre outros problemas, o tráfico de drogas, o roubo de gado e a imigração ilegal.
“Analisámos a importância da criação de serviços integrados a nível dos postos e dos marcos que facilitam a população residente ao longo da fronteira”, referiu e anunciou ter ficado estabelecido realizar reuniões trimestrais para melhor acompanhamento da situação e para encontrar soluções.
Na reunião participaram, por parte deAngola, o cônsul em Oshakati, Pedro Calenga, e representantes do comando provincial da Polícia Nacional no Cunene e dasAlfândegas e Serviço de Migração e Estrangei- ros. Pela Namíbia, os comandantes e chefes regionais da Polícia, Alfândegas e Serviços de Emigração da localidade de Ondangwa, Omusati e Oshana.
Circulação na fronteira
Angola e a Namíbia têm acordo nos domínios da circulação de pessoas e bens ao longo da fronteira, promoção e protecção de investimentos, comércio e cooperação económica e na delimitação e demarcação da fronteira comum.
Angola e a Namíbia criaram em Janeiro último uma comissão mista de “harmonização fronteiriça" para analisar a imigração ilegal na região de Olupale, Kuando-Kubango.
A comissão, constituída por representantes dos governos das províncias do Cunene e do KwandoKubango e da região de Ohangwena, Namíbia, deve, em três meses, identificar as causas da imigração clandestina, contabilizar o número de namibianos em condição ilegal na região de Olupale e questões ligadas ao repatriamento.