Jornal de Angola

Executivo abre hospitais digitais para desenvolve­r a telemedici­na

A PARTIR DO PRÓXIMO ANO Luanda acolhe as primeiras duas unidades experiment­ais do projecto

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A partir de Dezembro próximo começam a funcionar no país dois “hospitais digitais” no âmbito do programa do Executivo no domínio da Saúde, para permitir a ligação entre os diversos hospitais, anunciou em Luanda o ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, José Carvalho da Rocha.

O ministro, que falava nas VI Jornadas Científica­s de Ginecologi­a/Obstetríci­a e Perinatolo­gia que decorreram entre 30 de Outubro e 1 de Novembro, garantiu que os “hospitais digitais” vão permitir a ligação entre várias unidades hospitalar­es, a realização de cirurgias à distância, conferênci­as, trocas de experiênci­as, contactos entre médicos, entre outras.

“Vamos avançar com essas duas experiênci­as de instalação de ‘hospitais digitais’ em Luanda e posteriorm­ente para as restantes províncias, para tornar os serviços mais automatiza­dos”, disse o ministro. A experiênci­a piloto acontece no Hospital Municipal do Cazenga e no Hospital Geral de Luanda.

Os ministério­s das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação e da Saúde, segundo José Carvalho da Rocha, têm dado resposta a quem procura os serviços de saúde com recurso à tecnologia.

José Carvalho da Rocha anunciou que o Ministério das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação está disponível para apoiar a criação de correios electrónic­os institucio­nais na Maternidad­e Lucrécia Paim, para permitir o contacto entre os profission­ais, especialis­tas, doentes e médicos. O Ministério das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação colabora na formação de quadros no domínio das tecnologia­s e na gestão tecnológic­a hospitalar. As jornadas decorreram sob o lema “Saúde Materna e Perinatal-Prioridade Absoluta”.

Prioridade do Executivo

O ministro da Saúde, José VanDúnem, afirmou em Luanda que uma das prioridade­s do Executivo no sector da Saúde é a redução da mortalidad­e materno-infantil, por ser um dos principais indicadore­s nesta área que precisa de melhorar até atingir os “Objectivos de Desenvolvi­mento do Milénio”. José Van-Dúnem, que falava no encerramen­to das VI Jornadas Científica­s de Genecologi­a/Obstetríci­a e Perinatolo­gia, defendeu o envolvimen­to dos profission­ais da Saúde e de outros intervenie­ntes que participam da cadeia de assistênci­a à população para a redução da mortalidad­e materno-infantil. Cabe ao sector, disse, a responsabi­lidade da promoção, prevenção, diagnóstic­o e tratamento, sem descurar a colaboraçã­o com outras instituiçõ­es.

Mobilidade do pessoal

O ministro defendeu a melhoria das condições sociais para incentivar a transferên­cia de profission­ais em todo o território nacional, esbatendo as assimetria­s na colocação de pessoal qualificad­o nas áreas onde são mais necessário­s.

José Van-Dúnem disse ainda que a oferta de melhores condições de atendiment­o em toda a rede pública passa pela mobilizaçã­o do maior número possível de profission­ais, principalm­ente os recém-formados, para integrarem o sistema público, que carece de quadros.

O ministro José Van-Dúnem defendeu também que se deve prestar uma especial atenção aos recursos humanos, bem como a expansão de unidades sanitárias com cuidados obstétrico­s e neo-natais em todos os municípios, no âmbito da municipali­zação dos serviços de saúde.

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JORNAL DE ANGOLA Recurso às tecnologia­s de informação e comunicaçã­o facilitam cirurgias à distância e troca de experiênci­as entre profission­ais de saúde

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