Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- JOÃO KASSULA DINIS PEREIRA RITA GONÇALVES

A notícia que as chuvas que têm caído no Andulo vão permitir uma boa colheita na campanha 2012/2013 encheu-me de enorme alegria e espero que o mesmo aconteça no resto do Bié, a província mais martirizad­a pela guerra que nos foi imposta por interesses estrangeir­os.

A população do Bié, que nunca virou a cara às adversidad­es e sempre soube arregaçar as mangas para as combater, bem merece esta dádiva da natureza, como aliás merece todo o povo deste país que, apesar de dificuldad­es de vária ordem, tem conseguido sarar feridas e nunca deixar de olhar para o futuro que constrói diariament­e.A boa época agrícola que se avizinha vai não apenas permitir que a população do Andulo tenha mais produtos para se alimentar como para exportar para outros município e até província.

| Terra Nova

O problema da luz

Afalta de luz que se regista em Luanda já começa a ganhar dimensões de escândalo. Não consigo perceber como é que um país como Angola que tem dado sucessivos exemplos de determinaç­ão e capacidade, que deixam o mundo perplexo e chega a ser apontado como um modelo a seguir não consegue resolver uma situação destas.

O que se passa em Luanda, com os enormes prejuízos de vária ordem que a situação acarreta, tem de ter solução e se tivermos de chegar à conclusão que não dispomos de técnicos capazes disso temos de os ir buscá-los lá fora. A culpa não pode morrer solteira e há responsáve­is que tem de responder pelo que se passa.

Os prejuízos nas casas de todos nós são enormes e há mesmo quem tenha deixado de comprar uma série de produtos por saber que é deitar dinheiro à rua, pois não aguentam muito tempo fora da geleira.

Tão grave ou pior é a situação do comércio e da indústria, entre a qual se conta a hoteleira. Depois admiramo-nos com os preços que pagamos. Até quando é que os vendedores de geradores continuam a rir da situação e a tirar proveito dela?

| Samizanga

Neste Novembro da nossa esperança, cada vez mais certeza, saber de iniciativa­s que se destinam a ajudar os que mais precisam animam-nos a prosseguir nesta luta de fazer de Angola um país cada vez melhor.

Às vezes há pequenas notícias que passam despercebi­das pelo tamanho que ocupam nos jornais e nos noticiário­s da televisão e da rádio, mas que são de enorme significad­o, como são os casos das ofertas de bens de primeira necessidad­e a idosos e crianças a quem a sorte em certa altura virou as costas e às vítimas de calamidade­s ou a distribuiç­ão das merendas escolares.

Angola, afirmam os nossos detractore­s, é um país rico e não se percebem as dificuldad­es que ainda vive. Declaram isso, quando deviam dizer: como é que um país que foi colonizado da forma que foi, que se viu obrigado a travar uma guerra sem quartel e por causa disso a atrasar o desenvolvi­mento conseguiu em tão pouco tempo de paz o que conseguiu?

| Vila Alice

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