Guiné-bissau considerado narco-estado
O influente jornal norte-americano “New York Times” revela que, após o golpe de Estado de 12 de Abril, aumentou consideravelmente o tráfico de drogas na Guiné-Bissau, classificando o país como um “narco-Estado”.
Na edição online de quinta-feira, 1 de Novembro, o “New York Times” garante que, desde que os militares assumiram o poder e derrubaram o presidente, aumentou o tráfico de drogas no país, o que faz supor que se tratou mais de um “golpe de cocaína” do que de um golpe de Estado.
A publicação garante que especialistas consideram que aumentou o número de aviões bimotores a realizarem travessias sobre o Atlântico, que transportam toneladas de cocaína provenientes da América Latina, que são descarregadas em ilhas desabitadas e regiões remotas da Guiné-Bissau, para depois seguirem para o norte. De acordo com as autoridades, os aviões, para realizarem uma viagem de 1.600 milhas sobre o Atlântico necessitavam de transportar pelo menos 1,5 toneladas.
Além disso, as Nações Unidas garantem que entre Abril e Julho, pelo menos 20 aviões de pequena dimensão eram suspeitos de transportar droga para a Guiné-Bissau.
Um representante da DEA - Drug Enforcement Admnistration (Agência de Combate ao Narcotráfico) -, citado pelo jornal, referiu que “se trata provavelmente do pior narcoEstado do continente”.
O “New York Times” questiona se o golpe de Estado foi um “desvio” para o tráfico de drogas, ao mesmo tempo que cita várias fontes que alegam que, durante esse período, existiu um “excesso” de actividades de narcotráfico na GuinéBissau, e que o golpe foi levado a cabo por pessoas envolvidas no negócio das drogas e que muitos militares têm relações pessoais com os traficantes.