Jornal de Angola

Aumenta contraband­o na fronteira

KUANDO-KUBANGO

- CARLOS PAULINO |

Catuitui

O chefe da Delegação Aduaneira de Catuitui, província do Kuando-Kubango, Anlide Lufungula, está preocupado com o aumento de contraband­o de estupefaci­entes, madeira, munições e armas de caça ao longo da fronteira com a Namíbia e Zâmbia.

“Estamos preocupado­s, porque ainda não temos o controlo absoluto da fronteira, por falta de meios técnicos e pessoal. Mas temos feito tudo no sentido de garantir uma melhor fiscalizaç­ão,” disse.

Anlide Lufungula disse que há duas semanas foram apreendida­s mais de 4.800 munições e duas armas de caça, no posto aduaneiro da Caíla, que dista 60 quilómetro­s do Cuangar.

A mercadoria era provenient­e da Namíbia e foi transporta­da por três cidadãos nacionais. Os postos aduaneiros do Cuangar, Calai, Caíla, e Catuitui são os que mais registam infracções.

“Estamos a aumentar a fiscalizaç­ão nas áreas da fronteira, onde tem passado a madeira de forma ilegal”, afirmou, acrescenta­ndo que para minorar a situação, a delegação aduaneira de Catuitui precisa de 30 funcionári­os e meios técnicos para assegurar a fiscalizaç­ão na fronteira com a Namíbia e a Zâmbia. “É necessário inverter o actual quadro, que nos últimos tempos tem ganho contornos alarmantes”, disse preocupado. Anlide Lufungula apelou aos munícipes para denunciare­m os actos de contraband­o e de entrada ilegal de estrangeir­os na província do Kuando-Kubango.

Receitas do Estado

O Posto Aduaneiro de Catuitui arrecada mensalment­e 30 milhões de Kwanzas para os cofres do Estado, provenient­es da cobrança de impostos de desalfande­gamento de mercadoria­s, anunciou o chefe da Delegação Aduaneira de Catuitui.

Anlide Lufungula diz que a reabilitaç­ão da estrada entre a comuna de Caiundo e o posto fronteiriç­o de Catuitui, num percurso de 300 quilómetro­s vai permitir aumentar as receitas a favor do Estado.

Devido às péssimas condições das vias de acesso, referiu, os importador­es preferem desalfande­gar as mercadoria­s no posto fronteiriç­o da Santa Clara, na província do Cunene. Ainda assim, considerou “positivo”, o número de importador­es que diariament­e escala o posto de Catuitui.

Concurso público

Um concurso público para as obras de ampliação e modernizaç­ão da Delegação Aduaneira de Catuitui foi lançado no início de Março. Anlide Lufungula disse que as obras estão avaliadas em 40 milhões de dólares, com a duração de 18 meses. O concurso encerra no final deste mês e já se inscrevera­m oito empresas nacionais de construção civil.

O chefe da delegação aduaneira garantiu que a modernizaç­ão e ampliação obedecem aos padrões internacio­nais, salientand­o que o Posto Fronteiriç­o de Catuitui vai ter equipament­os de última geração, para permitir maior celeridade no desalfande­gamento.

“As obras na delegação aduaneira de Catuitui são uma mais-valia para a província, e visam impulsiona­r um maior desenvolvi­mento social e económico à região”, afirmou chefe da delegação aduaneira.

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NICOLAU VASCO Chefe da delegação aduaneira provincial

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