CARTAS DO LEITOR
Escrevo para saudar o Presidente José Eduardo dos Santos por ter convidado os homólogos da África do Sul e da República Democrática do Congo para uma cimeira, em que foram analisadas as vantagens de criar mecanismos para a garantia da paz na região.
Gostei bastante do discurso do Chefe de Estado, principalmente por ter referido os pontos comuns de interesse, como são os casos da barragem do Inga, na República Democrática do Congo e o porto de Durban, na África do Sul.
Acho que se as lideranças daqueles países seguirem o caminho apontado pelo Presidente José Eduardo dos Santos somos bem sucedidos nas parcerias sub-regionais.
Nguanhã
A venda de armas
A notícia sobre a venda desregulada de armas no mundo deixoume preocupado por ser o segundo negócio mais lucrativo do mundo a seguir à venda de petróleo.
Os responsáveis de todos os países deviam estabelecer um acordo mundial sobre a transacção de armas.
Os embargos de armas a que alguns Estados têm sido sujeitos não basta porque volta e meia são levantados e a venda prossegue normalmente, pelo que o estabe- lecimento de um acordo mundial podia reduzir os incitamentos aos conflitos armados.
Muitos dos “senhores da guerra” envolveram-se em conflitos porque sabiam onde encontrar as armas.
Há dias via num canal de televisão por cabo uma reportagem sobre Balcãs que se tornou num dos mercados de armas mais procurados do mundo. Naquela região vende-se de tudo e a preço de retalho.
Marçal
Austeridade Vs despesas
A política de austeridade na Europa tem complicado as metas de crescimento económico.
Acompanho com atenção o que se passa naquele continente e fico assustado com a forma como se dá tanta ênfase às políticas de austeridade. A obsessão pela regulação orçamental leva os políticos dos países do sul da Europa a ficarem cada vez mais desacreditados.
Vários especialistas advogam a necessidade das políticas de austeridade serem acompanhadas de medidas que promovam o crescimento económico.
Como africano, defendo que os nossos especialistas devem aprender com estas questões por que passam todos aqueles países.
Até as famílias e as empresas deviam aprender que vale a pena conciliar procedimentos de auste- ridade com gastos ou despesas que contribuam para os investimentos.
Futungo II
Modalidade de boxe
O fim de pugilismo em Angola acentua-se quase diariamente para minha tristeza, pois sou adepto desta modalidade que, no nosso país, já registou boas marcas.
Hoje, não há praticamente pugilismo em Angola e com excepção das galas que se realizam esporadicamente não vejo sinais de se poder relançar a modalidade. Não sei o que é feito da Federação de Boxe, mas desejo que as instituições desportivas se empenhem no relançamento da modalidade.
Viana
Terra Nova
Eleições autárquicas
Fala-se muito sobre as eleições autárquicas, mas quase sempre pouco se fala sobre a sua preparação. Oiço políticos e activistas a falarem cobre a necessidade urgente do país realizar as suas eleições autárquicas, mas nada se fala sobre os preparativos destas eleições.
Julgo que o mais sensato é preparar primeiro o povo com informações de que as eleições autárquicas não são semelhantes a um maná, que vai cair do céu.