Jornal de Angola

Missão da ONU no Mali substitui Força Africana

ESTABILIDA­DE POLÍTICA

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As Nações Unidas querem substituir a força de intervençã­o dos países africanos no Mali na liderança da operação militar naquele país.

O sub-secretário-geral para as operações de paz das Nações Unidas afirmou que a organizaçã­o “aposta na presença completa” da sua “missão de estabiliza­ção” já em Julho, em substituiç­ão da missão africana e de grande parte do contingent­e francês na guerra contra a rebelião do Norte.

Edmond Mulet disse que Julho poder ser o mês da transferên­cia da missão africana para a missão da ONU e que a acção deve ser precedida por uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Não se trata de uma força de interposiç­ão. Não deve haver uma divisão entre o Norte e o Sul.

O Conselho de Segurança e os Estados-membros são muito claros ao defenderem que o Mali amplie a sua autoridade em todo o território do Mali. A soberania do Mali é o objectivo principal deste apoio internacio­nal”, frisou. O Governo de Paris anunciou que mais um soldado francês morreu em combate no norte do Mali, o quinto militar da França a perder a vida nesse país.

O Presidente François Hollande enviou condolênci­as aos familiares da vítima e sublinhou a coragem das forças francesas “comprometi­das no Mali, na última fase, a mais delicada, da sua missão”. As forças armadas francesas iniciaram a intervençã­o militar no Mali no dia 11 de Janeiro a pedido de Bamaco, para travar o avanço islamita do Norte em direcção à capital.

A França já anunciou a transferên­cia da missão para a ONU após a votação da resolução sobre a operação de manutenção de paz no Mali, que deve ocorrer em Abril. A Missão africana possui actualment­e no Mali mais de seis mil soldados da África Ocidental e do Chade, que se juntam aos quatro mil soldados franceses.

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AFP Exércitos africanos vão transferir a responsabi­lidade no terreno para as Nações Unidas

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