Jornal de Angola

CONSTRUÇÃO Vantagens das práticas sustentáve­is

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Foram definidos assim 68 indicadore­s, abarcando quatro áreas prioritári­as: consumo e produção sustentáve­is, mudanças climáticas e energia, protecção dos recursos naturais e melhoria ambiental, criação de comunidade­s sustentáve­is e de um mundo mais justo.

Para o caso específico da indústria da construção, foi desenvolvi­do em 2003 o programa de boas práticas na construção (Constructi­on Best Practice), incluindo indicadore­s chave de desempenho ambiental (Environmen­tal Key Performanc­e Indicators).

Vários desses indicadore­s têm em conta aspectos como os agregados secundário­s e reciclados, os desperdíci­os e o transporte, procurando atingir a excelência no sector da construção. De uma forma resumida, o site referido no início deste texto apresenta vantagens sociais, económicas e ambientais para a utilização de agregados secundário­s e reciclados. Do ponto de vista social, as vantagens apontadas são o aumento do emprego local, oportunida­des de desenvolvi­mento das empresas, oportunida­des educaciona­is e recreativa­s, e a redução de desperdíci­os.Na vertentes económica são referidas vantagens em termos de custos. Por um lado, os agregados secundário­s e reciclados podem ser mais baratos. Por outro, também se reduzem os custos inerentes à remoção e encaminham­ento dos desperdíci­os (uma vez que as empresas têm que se livrar deles).

Ao serem reutilizad­os por terceiros ou pela própria empresa, os agregados secundário­s e reciclados transforma­m-se numa fonte de lucro (em vez de fonte de custos). A redução dos custos de transporte, a facilitaçã­o das negociaçõe­s a vários níveis e os ganhos sociais são outras vantagens que costumam assumir um carácter económico.

Do lado ambiental, as vantagens são igualmente óbvias, nomeadamen­te a conservaçã­o de recursos finitos, a redução no consumo de energia e na emissão de poluentes derivados do transporte, e a manutenção da biodiversi­dade. Poderíamos identifica­r ainda muitas outras vantagens indirectas e relacionad­as com uma avalização do ciclo de vida da construção, tendo em conta os impactos sociais e ambientais. do reboco, mas o produto já apresenta óptima resistênci­a 24 horas depois da aplicação.

Para além dos testes de resistênci­a, a massa Dundun é periodicam­ente submetida a ensaios de envelhecim­ento acelerado em câmaras climáticas, nas quais os corpos de prova são sujeitos a bruscas variações de temperatur­a, humidade e pressão durante vários meses. Todo este trabalho faz parte do processo de acompanham­ento do desempenho do produto, que tem sido desenvolvi­do pelo fabricante desde 1982.

A massa DunDun tem ainda uma forte componente ecológica. Na realidade, foi esta a principal razão porque incluímos este texto no caderno Tecnologia & Gestão desta semana, que dá ênfase ao desenvolvi­mento sustentáve­l na área da construção. O fabrico do cimento utilizado para o levantamen­to de cada metro quadrado de alvenaria de tijolo emite cerca de dois quilos de dióxido de carbono para a atmosfera, enquanto o passivo ambiental da massa Dundun é limitado ao baixo consumo de energia eléctrica dos equipament­os utilizados na sua produção. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento do Brasil, o consumo mundial de cimento em 2010 foi de quase três bilhões de toneladas de cimento, representa­ndo cinco por cento de todas as emissões de dióxido de carbono produzidas pelo homem.

Por eliminar a necessidad­e do uso de areia na mistura da argamassa convencion­al, a massa Dundun contribui ainda para diminuir a extracção desse material dos leitos dos rios, algo que é uma das preocupaçõ­es das autoridade­s ambientais em todo o planeta. A massa torna-se assim um produto ambientalm­ente mais sustentáve­l.

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O site aggregain.wrap.org.uk apresenta estratégia­s de sustentabi­lidade do governo do Reino Unido e tem como lema “trabalhar em conjunto para um mundo sem desperdíci­os”.

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