Ronaldo evita polémica sobre felicidade no Real
JORNAL DISTINGUE CRAQUE
Os golos aliados à boa fase do Real Madrid mostram que Cristiano Ronaldo está feliz. Mas uma pergunta com laivos de polémica fê-lo ficar calado ontem à tarde, na capital espanhola, durante a recepção de um prémio atribuído pelo jornal “Marca”.
Eleito o melhor jogador da época passada, ao receber o troféu das mãos de Alfredo Di Stéfano, ídolo merengue que empresta o seu nome ao prémio, o craque português recusou-se a responder se tinha encontrado a felicidade, depois de momentos conturbados no início da época. Como consequência, a moderadora deu a volta ao assunto ao elogiar suas actuações.
“Está tudo bem. Ainda falta muito, estamos na final da Taça, demos um passo importante na Champions. O campeonato está difícil, mas temos de ir até ao fim, pois no futebol tudo é possível. Em geral, as coisas estão a ir bem, e espero que o Real possa concretizar os seus objectivos, que consistem em ganhar troféus importantes”, disse, antes de viajar para se reunir com a selecção portuguesa para disputar as eliminatórias europeias para o Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil. A polémica começou depois de Cristiano Ronaldo marcar dois golos na vitória sobre o Granada, em Setembro passado, por 3-0, e não comemorar.
Interrogado sobre a razão por que não vibrou, o jogador afirmou estar triste por razões conhecidas pelo clube. Na segunda-feira seguinte, os jornais espanhóis publicaram diversas especulações sobre o destino do craque e afirmaram até que ele tinha mesmo pedido para deixar o clube. O empresário do jogador, Jorge Mendes, chegou a divulgar um comunicado no qual afirmava que já sabia da situação do jogador, mas que apenas lhe competia a ele divulgar as razões.
Na altura, a principal razão para o descontentamento de Ronaldo foi apontada como sendo financeira. Cristiano tem contrato com o clube até 2015, mas desejava renovar o seu vínculo para obter um salário maior. A nova lei fiscal da Espanha cobra 43 por cento de impostos – antes era 24 por cento - aos profissionais com rendimentos superiores a 600 mil euros. O desconto deixa o português com um salário inferior ao de jogadores como Drogba, do Galatasaray da Turquia, e Eto’o, do Anzhi da Rússia. Ao sentir-se desprestigiado, CR7 estava a exigir dez milhões de euros líquidos por época.