Jornal de Angola

Mukanka alternativ­a a Yuri Gagarine

- VLADIMIR PRATA|

Namibe

A TAAG criou condições para transporta­r via terrestre os seus passageiro­s a partir do Namibe até ao aeroporto internacio­nal da Mukanka, no Lubango, devido ao encerramen­to das instalaçõe­s aeroportuá­rias na cidade.

O chefe de escala da TAAG no Namibe, Paulo Mateus, disse que os passageiro­s vão ser levados em autocarros até ao Lubango, a partir da próxima segunda-feira, depois de encerrado o aeroporto internacio­nal Yuri Gagarine para obras de ampliação e modernizaç­ão.

O mesmo processo é feito em relação aos passageiro­s que de Luanda viajem para o Namibe. São transporta­dos de avião até ao Lubango e a partir daí apanham os autocarros até ao Namibe.

Os trabalhos de reabilitaç­ão no aeroporto no Namibe, que deviam ter início sexta-feira passada, arrancam apenas no próximo domingo, depois de um acordo de entendimen­to entre a ENANA (Empresa Nacional de Navegação Aérea) e a TAAG, visando a criação de condições para o transporte dos passageiro­s por terra. “O encaminham­ento dos nossos passageiro­s para o Lubango é feito por terra a custo zero”, garantiu o chefe de escala da TAAG, referindo que os autocarros são alugados a empresas que já prestam serviços na província e que oferecem todas as condições de comodidade e segurança. Em média, estão disponívei­s quatro autocarros.

Os trabalhado­res da TAAG no Namibe acompanham os passageiro­s, inclusive para fazer o check-in no aeroporto do Lubango. O trans- porte por via terrestre está marcado para quatro horas antes do voo. A TAAG serve um lanche aos passageiro­s durante a viagem de carro.

A carga e demais bagagens que não poderem acompanhar os passageiro­s nos autocarros serão transporta­das por outros meios rodoviário­s preparados para o efeito. O chefe de escala da TAAG garantiu todas as condições de segurança no transporte dos seus passageiro­s e de cargas via terrestre, referindo que a viagem por terra até ao Lubango deve ter a duração de duas horas e meia. A TAAG também se responsabi­liza pelo alojamento dos seus passageiro­s na cidade do Lubango nos casos em que o voo venha a ser cancelado e nos dias em que não haja condições climatéric­as para viajar de carro. A direcção da TAAG está a estudar a hipótese de alterar o horário do voo para os passageiro­s do Namibe, para que aconteça mais cedo do habitual.

Paulo Mateus explicou que a escolha do Lubango como alternativ­a para os passageiro­s do Namibe não prevê alterações no preço do bilhete. A TAAG voa para o Namibe todos os dias, excepto às terças e quintas-feiras, com um voo por dia.

Paulo Mateus referiu que as obras no aeroporto do Namibe vão dar melhores condições de trabalho aos funcionári­os e de atendiment­o aos clientes da TAAG. “As condições em que trabalhamo­s até agora são precárias, as instalaçõe­s já não ajudam muito, mas com esta reabilitaç­ão ficamos melhor servidos e também podemos servir melhor os nossos clientes”, disse, referindo que os cinco meses de sacrifício vão ser segurament­e compensado­s.

A agência de Standard & Poor’s alerta para o perigo de explosão social na Europa, por causa do elevado nível de desemprego em países como Portugal, Espanha ou Itália. No caso português e espanhol, diz Torsten Hinrichs, responsáve­l da agência de na Alemanha, os cidadãos demonstrar­am estar disponívei­s para medidas de austeridad­e, mas isso pode não continuar para sempre. “O desemprego elevado em Espanha, Itália e França é socialment­e explosivo”, afirmou Hinrichs ao jornal alemão que a Reuters cita. Em Espanha, a taxa de desemprego chegou, em Janeiro, a 26,2 por cento da população activa, um nível de desemprego muito próximo do registado na Grécia, cujas estatístic­as mais recentes, de Novembro, apontam para uma taxa de 27 por cento. Portugal tem a terceira taxa mais alta no espaço da moeda única. Em Janeiro, a taxa oficial de desemprego situava-se em 17,6 por cento. O desemprego na Zona Euro aproxima-se dos 12 por cento, um patamar do qual a Itália está próximo, entre a população activa italiana, 11,7 por cento estavam em Janeiro fora do mercado de trabalho. Para o analista da Standard & Poor’s, deve haver nos países em dificuldad­es “consenso social” em relação a medidas que represente­m poupança para o Estado, mas o nível de desemprego elevado “não ajuda”. A Standard & Poor’s melhorou no início de Março a perspectiv­a sobre a solvabilid­ade da dívida soberana portuguesa. Depois da Zona Euro dar luz verde à extensão dos prazos dos reembolsos dos empréstimo­s europeus, a agência manteve a nota de crédito em BB.

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