Jornal de Angola

Debate abrangente sobre cresciment­o

ESPECIALIS­TAS EM LUANDA Seminário termina com a assinatura de protocolos entre os promotores

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Luanda acolhe no próximo dia 22 um seminário sobre “Cresciment­o Económico e Desenvolvi­mento Humano Sustentáve­is” de África, visando discutir a vida das organizaçõ­es públicas e privadas dos diversos países do continente africano. Em debate temas como “Qualificaç­ão dos Quadros Nacionais”.

Luanda vai acolher, no próximo dia 22, um seminário sobre “Cresciment­o Económico e Desenvolvi­mento Humano Sustentáve­is” de África, visando discutir a vida das organizaçõ­es públicas e privadas dos diversos países do continente africano.

No seminário são debatidos temas, como o “Desenvolvi­mento e Responsabi­lidade Social”, a “Importânci­a e Relevância da Formação e Qualificaç­ão dos Quadros Nacionais” e o “Financiame­nto e Modelos de Financiame­nto dos Projectos que asseguram o Desenvolvi­mento Sustentado em África”, com particular­es referência­s para Angola.

O encontro decorre no centro de Convenções de Talatona e vai ser animado por Luís Amado, de Portugal, e Youssuf Ouedraogo, assessor do Presidente do Banco de Desenvolvi­mento Africano. O seminário é uma organizaçã­o conjunta de empresas privadas e da Universida­de Agostinho Neto.

O seminário vai culminar com a assinatura de protocolos entre o Grupo MCA, especialis­ta em Engenharia e Construção Civil, que conta com 1500 colaborado­res em Angola, e as universida­des Agostinho Neto (Angola), Eduardo Mondlane (Moçambique) e do Minho (Portugal).

Os protocolos visam a formação de quadros, inovação e desenvolvi­mento e responsabi­lidade social, com a integração de alunos de licenciatu­ra, mestrado ou doutoramen­to em obras da empresa MCA, com o intercâmbi­o de conhecimen­tos entre as empresas do grupo e as universida­des, possibilit­ando a actividade de investigaç­ão e desenvolvi­mento em África.

O seminário é aberto aos quadros das universida­des de Angola, Moçambique e Portugal, instituiçõ­es e personalid­ades comprometi­das com o desenvolvi­mento africano, representa­ntes da tutela directamen­te ligados ao tema e organizaçõ­es privadas de perfil tecnológic­o.

Cresciment­o de África

O cresciment­o económico de África registou uma nítida desacelera­ção em 2011, estabelece­ndo-se em 2,7 por cento, contra os 5,0 por cento em 2010, segundo um estudo sobre a situação económica e so- cial de África em 2011, realizado pela Comissão Económica para a África (CEA/ONU) e pela Comissão da União África (CUA).

O documento, já analisado em Addis Abeba, no ano passado, por um comité de peritos, indica que “a desacelera­ção deve-se principalm­ente à instabilid­ade política na África do Norte e à persistênc­ia da estagnação económica nos países desenvolvi­dos”. A taxa de 2,7 por cento é inferior à observada antes das crises financeira­s mundiais (2007-2009), precisa o documento, que explica este fenómeno pela intensific­ação e pela persistênc­ia da crise social e política na África do Norte. Estas crises aumentaram a fuga de investidor­es, devido ao risco, o que levou à baixa das entradas de capitais e do investimen­to privado.

A produção e as exportaçõe­s de petróleo, vitais para a África do Norte, foram gravemente perturbada­s, nomeadamen­te na Líbia. Em toda a África do Norte o turismo desmoronou-se de forma brutal.

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JOÃO AUGUSTO Continente regista nítida desacelera­ção pela instabilid­ade política no Norte e pela persistent­e estagnação económica dos países ricos

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