Milionários financiam programa
LUTA CONTRA A ANEMIA INFANTIL
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e os multimilionários Bill Gates (americano) e Carlos Slim (mexicano) promovem um programa destinado a reduzir em 10 por cento a anemia infantil na América Central, anunciaram fontes da instituição bancária.
O programa, executado pelo BID e pelas fundações Carlos Slim e Bill & Melinda Gates pretende melhorar a saúde materno-infantil no Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Belize, Guatemala e no Estado mexicano de Chiapas.
“Queremos, até ao ano 2015, reduzir a anemia em crianças até aos 5 anos em 10 por cento em cada um daqueles países”, disse à France Press o responsável da Iniciativa Mesoamérica de Saúde do BID, Ferdinando Regalia.
O programa, com um financiamento de 148 milhões de dólares, assiste 1,8 milhões de crianças e mulheres das comunidades mais pobres da região.
“O objectivo é continuar a contribuir para criar oportunidades para baixar este ciclo inter-geracional de pobreza” na região, afirmou o presidente do BID, Luis Moreno, num seminário realizado para promover o programa.
O BID e as duas fundações financiam a metade do custo do programa e os governos dos países abrangidos o restante. Se as metas forem cumpridas, os promotores da iniciativa dão aos governos as verbas que disponibilizaram.
Iniciativa inovadora
Com este tipo de iniciativas, baseadas em alianças entre o sector público e privado, o BID pretende “complementar os esforços dos governos” na luta contra a pobreza, referiu Alberto Moreno.
Esta é uma iniciativa inovadora na região não apenas por financiar com base em resultados, mas pela tecnologia e as técnicas de produtividade que aplica, salienta um comunicado do BID.O programa também prevê o aumento de 50 a 75 por cento do número de partos feitos por pessoal qualificado e vacinar entre 57 e 90 por cento das crianças de 2 anos. “Estas metas são alcançáveis em três anos e estamos no bom caminho”, disse Ferdinando Regalia. Na América Central há 2,5 mil milhões de crianças com menos de 5 anos que sofrem de desnutrição crónica.