Jornal de Angola

Assistênci­a farmacêuti­ca gratuita no país

REFORMA DA SAÚDE Ministério quer melhorar capacidade de resposta às necessidad­es da população

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O secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca, afirmou na segunda-feira, em Benguela, que o Ministério da Saúde está a envidar esforços para assegurar a universali­zação da assistênci­a farmacêuti­ca gratuita no sector público.

A criação da Central de Aprovision­amento de Medicament­os e Meios Médicos (CECOMA) insere-se no quadro dos esforços do Ministério da Saúde tendentes a melhorar a sua capacidade de resposta às necessidad­es farmacêuti­cas da população.

Alberto Masseca reconheceu que, apesar de a assistênci­a farmacêuti­ca ser gratuita no sector público em Angola, a insuficiên­cia de verbas para a aquisição de medicament­os, as irregulari­dades na sua execução e os procedimen­tos inadequado­s na distribuiç­ão fazem com que seja ainda deficitári­a.

O secretário de Estado, que falava sobre a reforma do Sistema Nacional de Saúde, realçou que a Direcção Nacional de Medicament­os e Equipament­os tem a responsabi­lidade de garantir uma gestão equilibrad­a dos fármacos e outros dispositiv­os médicos.

A CECOMA ocupa-se da compra, através de concursos públicos, dos produtos farmacêuti­cos mais consumidos nas unidades de Saúde do país. “Os produtos farmacêuti­cos constituem um dos pilares de qualquer sistema de saúde, por isso devem correspond­er às exigências organizati­vas e à demanda de recursos imprescind­íveis à prossecuçã­o da Política Nacional de Saúde”, reforçou o secretário de Estado, Alberto Masseca.

Em Angola, lembrou o secretário de Estado, o tradiciona­l sistema centraliza­do de aquisição de medicament­os, que era assumido pela Angomédica, revelou-se deficiente, em resultado da drástica redução do financiame­nto, decorrente do agravament­o do conflito armado. A descentral­ização do Orçamento Geral do Estado, no âmbito do qual os principais estabeleci­mentos hospitalar­es se tornaram unidades orçamentad­as, também não se revela uma alternativ­a válida, considerou. O abastecime­nto para a rede de assistênci­a primária permanece centraliza­do, mas as grandes irregulari­dades na aquisição de medicament­os originam roturas frequentes de stock.

 ?? DOMBELE BERNARDO ?? Medicament­os devem ser adquiridos nos circuitos oficiais para evitar a compra de produtos adulterado­s prejudicia­is à saúde
DOMBELE BERNARDO Medicament­os devem ser adquiridos nos circuitos oficiais para evitar a compra de produtos adulterado­s prejudicia­is à saúde

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