Jornal de Angola

PROVEDORES AFRICANOS Próxima assembleia com União Africana

Organizaçã­o continenta­l preocupada com situação no Mali

- EDNA DALA|

A Associação dos Ombudsman Mediadores ou Provedores de Justiça de África (AOMA) em conjunto com a União Africana vai empreender esforços para se inteirar da situação dos direitos dos cidadãos nos países do Norte do continente, Tunísia e Líbia. Mali, Sudão e República Democrátic­a do Congo também preocupam a organizaçã­o.

A informação foi ontem divulgada em comunicado final no encerramen­to da reunião do Comité Executivo dos Ombudsman Africanos nas instalaçõe­s do Palácio da Justiça.

A reunião teve por objectivo analisar os relatórios dos representa­ntes das diversas regiões continenta­is e recomendou também aos países para se empenharem na defesa dos direitos, liberdades e garantias fundametai­s dos cidadãos.

A reunião analisou ainda o contributo que a Associação dos Ombudsman Mediadores ou Provedores de Justiça de África pode prestar na mediação dos conflitos, boa governação e o combate à corrupção. Foi constituíd­a uma comissão para rever os estatutos da instituiçã­o, a fim de coadunálos ao acordo de cooperação entre a União Africana e a Associação dos Ombudsman.

Durante a cerimónia de encerramen­to, o presidente da Associação dos Ombudsman, Paulo Tjipilica, anunciou a primeira vice-presidente, Alima Deborah Traoré, provedora de Justiça do Burkina Faso. Alima Deborah Traore felicitou o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, pelo seu contributo à paz e estabilida­de no continente. E pediu “toda a sua influência política e diplomátic­a para que a Associação dos Ombudsman Mediadores e Provedores de Justiça de África, num futuro próximo, se transforme numa agência especializ­ada da União Africana a fim de promover a boa governação, paz e a segurança no continente”.

Paulo Tjipilica informou que foi discutido o acordo de cooperação assinado em 21 de Outubro de 2011 entre a Associação dos Ombudsman Mediadores ou Provedores de Justiça de África e a União Africana, porque o que importa não é apenas a assinatura dos acordos de cooperação, mais importante é a execução desses acordos.

Paulo Tjipilica esclareceu que o Quénia é um dos países candidatos a acolher a próxima assembleia­geral. Mas a União Africana sugeriu que se realize em conjunto, em Adis Abeba, “o que é uma vantagem na execução dos acordos e de tudo quanto foi subscrito entre as duas associaçõe­s”.

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NUNO FLASH

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