ONU investiga uso de armas químicas
A Organização das Nações Unidas vai investigar as denúncias de uso de armas químicas na guerra civil na Síria, o que pode configurar crime contra a humanidade, anunciou ontem o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.
O anúncio de Ban Ki-moon ocorre um dia depois de Damasco ter pedido à ONU uma investigação independente do uso de armas químicas por rebeldes que lutam contra o governo, mas o SecretárioGeral salientou que o inquérito deve ser mais abrangente, observando que a responsabilidade sobre qualquer arsenal de armas químicas existente no país recai sobre o governo. Damasco nunca confirmou a posse de qualquer arsenal de armas químicas.
“O meu anúncio deve servir como um aviso inequívoco de que o uso de armas químicas é um crime
Conflito sírio preocupa Ban Ki-moon contra a humanidade”, disse Ban Ban Ki-moon, acrescentando que “a comunidade internacional ne- cessita de garantias plenas de que os arsenais de armas químicas sejam verificados e resguardados”.
O governo sírio acusou os rebeldes de terem usado armas químicas num ataque a Khan al-Assal, um povoado da província de Alepo, no norte da Síria. Representantes dos rebeldes negaram.
Ban Ki-moon disse que estão a ser realizadas consultas com a Organização para a Proibição de Armas Químicas e com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e afirmou que a investigação vai “começar o mais rápido possível”, mas ressalvou que esse tipo de missão não se forma “do dia para a noite”. O governo da Grã-Bretanha anunciou ontem que o uso de armas químicas no país, se confirmado, vai provocar uma “resposta enérgica” da comunidade internacional.