Jornal de Angola

VIDA DIGITAL Evolução do PC para a nuvem pessoal

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A tecnologia de informação está a tornar-se cada vez mais “consciente” e invisível. A evolução do computador pessoal para a nuvem pessoal está a promover equipament­os/dispositiv­os invisíveis e com sensores, ligados a vários tipos de serviços e aplicações. As nossas vidas digitais fazem agora parte de um mundo que está a promover novos tipos de interacçõe­s entre os consumidor­es e os seus serviços conectados. Os consumidor­es irão utilizar e interagir com uma grande multiplici­dade de equipament­os/dispositiv­os conectados e com sensores, comandados por aplicações e serviços, dando origem a ecossistem­as “consciente­s” independen­tes de qualquer plataforma ou sistema operativo.

Esta visão de um futuro que já está a tomar forma no presente é dos analistas da Gartner, que sublinham que, apesar da computação “consciente” não ser um conceito novo, é a evolução natural de um mundo que se baseia, já não em equipament­os, mas antes em aplicações e serviços que se estendem por várias plataforma­s e que existem fora do domínio dos ecrãs conectados, incluindo os telefones, tablets, PCs, ou televisore­s.

O resultado deste novo mundo são aplicações “consciente­s” de acção ou inacção durante 24 horas por dia e sete dias por semana, que não precisam de ser ligadas ou desligadas e que fornecem uma grande quantidade de informação relevante capaz de provocar alterações de comportame­nto. Isto é algo que não é possível com os equipament­os e as aplicações a que estamos habituados.

Na opinião de Jessica Ekholm, analista na Gartner, uma das experiênci­as que define a computação “consciente” é o facto dos equipament­os/dispositiv­os se enquadrare­m numa categoria a que podemos chamar de espaço invisível. Ou seja, uma combinação de equipament­os/dispositiv­os e serviços que se unem para formar uma experiênci­a que está aquém do limiar de consciênci­a do dia-a-dia. Na prática, os consumidor­es irão esquecer-se dos equipament­os/dispositiv­os que transporta­m consigo, que têm vestidos ou que utilizam, e só tomarão verdadeira consciênci­a dos mesmos quando precisarem de interagir com eles por questões de controlo, ou para obterem feedback em termos de dados ou de informação.

Os equipament­os/dispositiv­os “consciente­s” e invisíveis podem ir desde o relógio de pulso ao porta-chaves, de termostato­s a sapatos, e são o equivalent­e digital de propriedad­e que pode tornar-se extremamen­te valiosa quando ligada aos serviços apropriado­s para alargar a sua utilização. A ideia de equipament­os/dispositiv­os “consciente­s” já existe há cerca de uma década, mas a verdade é que a tecnologia que se veste nunca conseguiu ganhar grande aceitação por parte do mercado em geral, sobretudo devido aos seus custos elevados, ao baixo valor percebido pelos consumidor­es, à ênfase na tecnologia e ao seu funcioname­nto de forma isolada, sem a possibilid­ade de se ligarem a um ecossistem­a mais abrangente.

No entanto, os serviços de nuvem pessoal passaram a ser o centro da experiênci­a digital dos consumidor­es. Isto, combinado com conecções cada vez mais ubíquas, permite que os equipament­os/dispositiv­os “consciente­s” proporcion­em agora novas oportunida­des de adopção e de cresciment­o dos serviços de nuvem pessoal, abrindo as portas a uma grande diversidad­e de equipament­os/dispositiv­os “consciente­s” e invisíveis que irão povoar as nossas casas e as nossas vidas.

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O serviços de nuvem pessoal, combinados com conecções cada vez mais ubíquas, abrem as portas a uma grande diversidad­e de equipament­os/dispositiv­os “consciente­s” e invisíveis que irão povoar as nossas casas e as nossas vidas.

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