Autarquias devem avançar mas com sustentabilidade
SEMINÁRIO NA HUÍLA
As autarquias devem aparecer no momento certo, quando existirem garantias de sustentabilidade, pois o estado de desenvolvimento social e económico dos municípios constitui pressuposto importante para o seu sucesso, considerou ontem, em Quilengues, o seu administrador municipal, Armando Vieira.
Em declarações à Angop, à margem do seminário sobre “As autarquias - experiência de Cabo Verde”, que decorreu no Lubango, Armando Vieira concordou que todos devem aderir ao processo, “mas com os pés assentes no chão, a começar pela promoção de acções capazes de esclarecer as administrações municipais e os gestores das administrações”.
Armando Vieira disse que é preciso estudar bem a situação para que quando se chegar à altura certa, o processo ser aplicado com e sustentabilidade. “Nesta altura as receitas locais ainda são insignificantes e os recursos s do Orçamento Geral do Estado (OGE) continuam a ser o peso de todo este processo”, disse.
O administrador comparou a realidade cabo-verdiana à angolana e disse notar atraso neste processo. O administrador municipal dos Gambos, Elias Sova, considerou que para a institucionalização das autarquias é preciso realizar alguns estudos, “porque Angola está ainda atrasada neste aspecto”.
A experiência de Cabo Verde deu algumas mostras do que deve ser adoptado ou não para a efectivação do processo, “mas ainda há que estudar outros exemplos, porque alguns municípios não têm condições para arrancar”, declarou Elias Sova.