Jornal de Angola

Exército retomou um bairro em Homs

GUERRA NA SÍRIA Rebeldes e oposição confirmara­m a vitória das tropas governamen­tais

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O Exército sírio retomou ontem o controlo completo do bairro de Baba Amr, um dos mais castigados da cidade de Homs, cujo distrito em algumas zonas chegou a ser dominado pelos rebeldes.

A agência síria de notícias Sana noticiou que as Forças Armadas “restaurara­m a segurança e a estabilida­de na vizinhança de Baba Amr em Homs, após eliminar todos os membros de grupos terrorista­s armados que se tinham infiltrado há poucos dias”.

A informação foi confirmada pelo Observatór­io Sírio de Direitos Humanos, afecto à oposição, que referiu que as autoridade­s recuperara­m o domínio completo da área, onde, há duas semanas os rebeldes conseguiam controlar várias ruas.

O Observatór­io, que menciona o testemunho de vários habitantes, anunciou que os moradores regressara­m às casas, que encontrara­m destruídas e inabitávei­s.

Salem Kabani, também da oposição, disse à Efe que o Exército Livre Sírio (ELS) se retirou de Baba Amr para bairros próximos devido à falta de munições.

Mísseis Patriot

O líder da Coligação Nacional Síria (CNFROS), também da oposição, Ahmed Muaz al-Khatib, ao discursar na cimeira árabe que começou ontem, em Doha, anunciou ter pedido aos Estados Unidos o envio de “um escudo antimíssei­s Patriot para proteger a população civil do norte do país”.Al-Khatib, que se deslocou a Doha, à frente de uma delegação de que fazia parte o “primeiro-ministro interino” da oposição, Ghassan Hitto, que ocupou pela primeira vez o lugar reservado à Síria na cimeira da Liga Árabe, disse que fez o pedido recentemen­te ao secretário norteameri­cano de Estado, John Kerry, “que se compromete­u” a analisar o assunto. A Liga Árabe suspendeu em Novembro de 2011 a participaç­ão do governo sírio nas reuniões da organizaçã­o.

A OTAN enviou seis baterias de mísseis Patriot para Turquia, alegando que se destinam a defender aquele país de possíveis ataques da Síria, que podem servir para impor uma zona de exclusão aérea.

Reconcilia­ção entre palestinos

O emir do Qatar propôs a realização de uma reunião no Cairo, com a presença da Fatah e do Hamas, bem como de líderes árabes que quiserem participar para tentar uma reconcilia­ção palestina.

Hamad bin Khalifa Al-Thani fez a proposta ao discursar na 24ª cimeira árabe, inaugurada ontem em Doha.O emir sugeriu igualmente a criação de um fundo de apoio a Jerusalém, com um orçamento de mil milhões de dólares, para o qual o Qatar está disposto a contribuir com 250 milhões, administra­do pelo Banco Islâmico de Desenvolvi­mento.

Quanto ao conflito israelo-palestino, afirmou que “a causa palestina é a primeira entre os árabes” e “a chave para a paz e a estabilida­de no Médio Oriente".

“Não há paz sem uma solução global e justa com o estabeleci­mento de um Estado palestino independen­te com Jerusalém como capital”, referiu.

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AFP Rebelião justifica perda de terreno com a falta de munições e víveres mas Damasco aponta maior grau de combativid­ade das suas forças

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