Pyongyang põe mísseis em posição de combate
A Coreia do Norte colocou os seus mísseis e unidades de artilharia “em posição de combate”, com o ponto de mira nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, informou ontem a agência estatal “KCNA”.
O Comando Supremo do Exército Popular norte-coreano “situa desde este momento em posição de combate toda a sua artilharia de campanha, incluindo unidades de mísseis estratégicos e de artilharia de longo alcance”, refere o comunicado de Pyongyang.
A “KCNA” reiterou que as unidades de artilharia norte-coreanas têm na mira a Coreia do Sul, o território continental dos EUA, o Havai, Guam e outras bases militares norte-americanas no Pacífico.
“Mostraremos a dura reacção do nosso Exército e do nosso povo para proteger através de acções militares a nossa soberania e a mais alta dignidade”, acrescenta a nota.
Horas antes, a agência destacava que o líder norte-coreano, Kim Jongun, dirigiu, pessoalmente, exercícios de defesa com fogo real no litoral leste do país.
O Exército da Coreia do Sul “não detectou movimentos incomuns” nas Forças Armadas do país vizinho, assegurou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul.
A fonte explicou que o “número um” a que faz referência o comunicado divulgado pela “KCNA” indica o mais alto nível de preparação do país para o combate.
Neste sentido, o porta-voz afirmou que o Exército sul-coreano “vigia de perto” possíveis movimentos das tropas do país vizinho e “castigará com força” a Coreia do Norte em caso de agressão militar à Coreia do Sul.
O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Kwan-jin, instou as tropas a responderem com firmeza a qualquer agressão, durante o acto de recordação do terceiro aniversário do afundamento da embarcação Cheonan, que causou 46 mortes e que Seul atribui a Pyongyang.
A campanha de ameaças responde às manobras militares que Seul e Washington realizam actualmente em território sul-coreano e que Pyongyang considera testes de ataques nucleares preventivos contra o seu país.