Jornal de Angola

Bosco Ntaganda afirma inocência

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O líder rebelde congolês Bosco Ntaganda, acusado de atrocidade­s no leste da República Democrátic­a do Congo em 2002 e 2003, afirmou no primeiro dia do julgamento no Tribunal Penal Internacio­nal (TPI) estar inocente.

Antes de ser interrompi­do pela juíza Ekaterina Trendafilo­va, que recordou que o objectivo da primeira audiência “não consiste numa declaração de culpado ou inocente”, o líder rebelde congolês Bosco Ntaganda afirmou que fora informado dos crimes, mas que se declarava não culpado.

Os juízes do Tribunal Penal Internacio­nal limitaram-se ontem a comprovar a identidade do suspeito, leram-lhe as acusações e informaram-no sobre os direitos previstos no Estatuto de Roma.

A audiência de apresentaç­ão formal de acusações está marcada para 23 de Setembro.

O líder rebelde congolês chegou na semana passada à prisão do Tribunal Penal de Haia, procedente de Ruanda, onde estava refugiado na Embaixada dos Estados Unidos em Kigali.

Bosco Ntaganda, conhecido como o “Exterminad­or”, era procurado por acusações de assassinat­o, estupro, saques e recrutamen­to de crianças soldados, crimes cometidos pelas Forças Patriótica­s para a Libertação do Congo (FPLC) no leste da República Democrátic­a do Congo (RDC) .

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