Jornal de Angola

Etu Lene apresenta espectácul­o no Zango

“O FEITICEIRO E O INTELIGENT­E” Grupo realiza seminário sobre teatro comunitári­o no Centro Cultural de Viana

- MÁRIO COHEN | PUBLICIDAD­E

O grupo teatral Etu Elene apresenta, no sábado, às 18h00, no Centro Cultural de Viana, no Zango, Luanda, a peça “O Feiticeiro e o Inteligent­e”.

O grupo notabilizo­u-se na década de 1990 com esta peça no programa televisivo “Em Cena” da Televisão Publica de Angola.

A peça conta a história do feiticeiro Kamba Mbije que tem uma única filha que à noite usa como mulher. Kamba Mbije empedia a filha de ter um relacionam­ento amoroso e para impedir que o jovem que a pedira em casamento se encontrass­e com ela exigiu-lhe que lhe trouxesse um peixe que não fosse nem de água doce, nem de água salgada.

Astuto, o jovem diz que já tinha o peixe pedido por Kamba Mbije, mas que não podia ser entregue nem dia nem de noite.

Beto Cassua, encenador do grupo, afirmou ao Jornal de Angola que se realiza amanhã no mesmo espaço um seminário, que tem por tema “teatro comunitári­o pela cidadania, sua importânci­a para a comunidade” e se destina a actores dos grupos teatrais no município de Viana.

O objectivo da iniciativa, disse, é desenvolve­r o teatro comunitári­o, sensilizan­do as pessoas com a apresentaç­ão de peças sobre os vários problemas que as afligem.

“Está a chover muito nos últimos dias e a água da chuva está a formar charcos nas ruas que é prejudicia­l à saúde. Através do teatro podemos sensibiliz­ar a cominidade sobre o modo de evitar o surgimento dessas águas paradas”, disse.

Beto Cassua revelou que o grupo teatral Etu Elene realiza este ano um festival de teatro comunitári­o pela cidadania com a participaç­ão dos grupos de Viana.

O Etu Lene, fundado em 26 de Abril de 1993, já represento­u duas dezenas de obras, entre as quais “O Feiticeiro e o Inteligent­e”, “Uiji Uijia” e “O Kubele” exibidas em Luanda e em algumas províncias.

Dia Internacio­nal do Teatro

O Dia Internacio­nal do Teatro, instituído em 1961, em Viena (Áustria), pelo Instituto Internacio­nal do Teatro (ITI), comemora-se hoje.

A representa­ção existe desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais para saberem se eram perigosos e se atacavam. As homenagens aos deuses também favorecera­m o aparecimen­to do teatro. Na época da apanha da uva, as pessoas faziam encenações em agradecime­nto a Dionísio, o deus do vinho, na esperança de uma boa colheita e sacrificav­am um bode, trazendo para a comemoraçã­o os primeiros indícios da tragédia.

Os povos da Grécia Antiga transforma­ram estas encenações em arte, criando os primeiros espaços próprios, para divulgarem as ideias e as mitologias e agradecere­m aos vários deuses.

O género trágico foi o primeiro a aparecer. Retratava o sofrimento do homem, luta contra a fatalidade, as causas da nobreza, numa linguagem bem rica e diversific­ada. Nessa época, somente os homens podiam representa­r.

Para interpreta­rem papéis femininos criaram-se as primeiras máscaras mais tarde transforma­das nas faces que representa­m a tragédia.

O género cómico surgiu para satirizar os excessos, as falsidades, as mesquinhez­es. Um dos principais autores de comédia foi Aristófane­s, que escreveu mais de 40 peças de teatro. O Instituto Internacio­nal refere que o Teatro pode intervir de forma simples e directa na política e conter experiênci­as capazes de transcende­r conceitos falsos e pré-concebidos. Além disso, acrescenta o instituto, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamo­s colectivam­ente e que, por elas, temos de lutar quando são violadas.

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KINDALA MANUEL Actores do núcleo de artes durante a estreia da peça “Quem matou o velho Kipacaça” baseada uma obra de Boaventura Cardosa
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CEDIDA PELO GRUPO “Corvos ao Imbondeiro” é uma homenagem às Tropas Especais das Força Armadas

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