CARTAS DO LEITOR
Os agentes da Polícia Nacional são incansáveis no trabalho de disciplina e ordenamento do trânsito da cidade de Luanda e arredores.
Todos os dias estão na rua, logo ao nascer do dia, nos cruzamentos, nos principais eixos rodoviários que dão acesso ao centro da cidade e praticamente em todas as ruas. O seu trabalho louvável nem sempre é bem visto pelos automobilistas, a começar pela esmagadora maioria dos “candongueiros” dos táxis colectivos e a acabar nos motociclistas.
Por serem indisciplinados e teimarem em violar constantemente as regras do Código da Estrada são os principais responsáveis pela situação calamitosa do trânsito durante o dia.
Os grandes culpados pela desordem são os primeiros a criticar o Governo Provincial de Luanda pelo mau estado de conservação de muitas vias rodoviárias, mesmo sabendo que o excesso de trânsito e os problemas de saneamento básico agravados pela chuva, numa cidade que não foi projectada para 6,5 milhões de habitantes, não se resolvem de um dia para o outro.
As críticas que esses indivíduos fazem à Polícia Nacional também não têm cabimento, porque os agentes estão no terreno para fazer cumprir a Lei e somente eles sabem quanto custa cumprir a missão debaixo de sol, num ambiente ruidoso e empoeirado, entre automobilistas e motociclistas desrespeitadores do Código da Estrada e dos princípios básicos da educação cívica e moral.
| Cazenga
Adeus Bangão
Bangão, dos mais carismáticos cantores angolanos,deixou-nos para sempre levado pela doença, mas a sua música fica registada na nossa memória.
O artista fazia por justificar a alcunha pela qual ficou conhecido. Sempre bem aprumado, elegante no palco e sociável, cativava admiradores com o seu estilo característico onde quer que actuasse.
Ao longo da carreira, deixou a marca nos palcos e em gravações de discos de estúdio e de espectáculos ao vivo.
A sua jovialidade contagiou muitos admiradores do semba e influenciou jovens artistas angolanos.
Perdemos uma das melhores vozes da música popular angolana, mas a sua música e postura em palco e na vida vai continuar a inspirar artistas das novas gerações.
| Sambizanga
Terminal da Macon
Como é habitual e por falta de fiscalização, as zungueiras querem sempre ocupar qualquer espaço para fazer negócios, mesmo em locais proibidos, o que não dignifica em nada a imagem do nosso país. No final da tarde, muitas zungueiras instalam agora o negócio no passeio junto ao portão do novo terminal da Macon, localizado na rua 21 de Janeiro, no bairro Rocha Pinto. aumentando a quantidade de lixo, a delinquência e o engarrafamento automóvel, além de se sujeitarem a ser atropeladas.
A Polícia e a Fiscalização devem, enquanto é tempo, acabar com estas situações para não nos depararmos num futuro próximo com mais um mercado de rua como têm nascido vários na nossa capital.
Na mesma rua, junto aos bancos , as zungueiras, também ao fim da tarde, fazem comércio. Infelizmente, vê-se isto em quase toda a cidade e em locais impróprios, como passeios e estradas, onde vendem no chão, decorrendo daí problemas de saúde pública.
Sei que as zungueiras são senhoras muito sacrificadas, a maioria das quais têm de sustentar as famílias, mas isso não pode servir de justificação para desrespeitarem as leis. A lei pode ser dura , mas é a lei. Por teimosia das nossas irmãs zungueiras, com o comércio que fazem em ruas e em passeios, é adulterada a imagem da nossa cidade capital, que é a casa comum de todos nós e deve ser bem tratada.
Se todos tratarmos bem a nossa cidade capital , teremos menos problemas.
Bairro Rocha Pinto