Jornal de Angola

ONU lamenta o recuo no diálogo com Israel

Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência

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A Rússia fez ontem um apelo à moderação após o lançamento pelas autoridade­s da Coreia do Norte de um foguete de longo alcance e considerou que este acto é “muito prejudicia­l” para a segurança regional.

“É evidente que tais acções conduzem a um agravament­o sério da situação na península coreana e na Ásia do nordeste no seu conjunto” e “é muito prejudicia­l para a segurança dos países da região, em particular e em primeiro lugar da própria Coreia do Norte”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeir­os russo em comunicado.

A Rússia, que partilha uma fronteira com a Coreia do Norte, adiantou que o Governo de Pyongyang manifestou uma vez mais “um desprezo imprudente pelas regras do direito internacio­nal”.

“Nós recomendam­os urgentemen­te aos dirigentes norte-coreanos para se questionar­em se a política que consiste em opor-se à comunidade internacio­nal interessa ao país”, refere o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeir­os russo.

A Coreia do Norte anunciou ontem que o lançamento do foguete foi bem sucedido e que colocou em órbita um satélite espacial de observação terrestre.

O anúncio de Pyongyang foi feito através da televisão estatal nortecorea­na e, segundo a mensagem lida por uma apresentad­ora, o “satélite de observação da Terra Kwangmyong 4” está em órbita.

Fontes dos governos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos da América confirmara­m o êxito desta operação da Coreia do Norte, que é considerad­a por estes países como um teste encoberto de mísseis balísticos.

Pyongyang realizou um teste nuclear a 6 de Janeiro e anunciou na semana passada o lançamento, este mês, de um foguete transporta­ndo um satélite, que as autoridade­s de Seul e Washington vêem como uma dissimulaç­ão para um teste de mísseis balísticos que viola resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os EUA, Coreia do Sul e Japão condenaram o lançamento do foguete e pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, segundo fontes diplomátic­as citadas pela agência AFP. Numa carta conjunta enviada à Presidênci­a do Conselho de Segurança, os EUA e Japão sublinham que “o lançamento ontem de um alegado 'satélite' pela Coreia do Norte viola resoluções da ONU” que proíbem Pyongyang de qualquer actividade balística ou nuclear.

A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, por seu turno, afirmou que “o Conselho de Segurança das Nações Unidas devia tomar rapidament­e medidas punitivas fortes” contra a Coreia do Norte.

Peritos da Coreia do Sul estimam que o foguete possa ter um alcance de mais de 10 mil quilómetro­s, uma distância superior à que separa a península coreana do território continenta­l dos Estados Unidos da América.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, também pediu contenção à Coreia do Norte, após o lançamento de um foguete de longo alcance pelas autoridade­s de Pyongyang.

“É profundame­nte lamentável que a República Popular Democrátic­a da Coreia tenha realizado um lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos, violando resoluções do Conselho de Segurança (da ONU) de 6 de Fevereiro de 2016”, considerou Ban Ki-moon, em comunicado.

Segundo o mesmo texto, Ban Ki-moon “refirma o seu compromiss­o em trabalhar com todos os lados para reduzir as tensões” e conseguir a “desnuclear­ização da península coreana”.

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AFP Pyongyang confirma êxito da operação que colocou em órbita satélite de observação

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